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5 coisas que você precisa saber sobre a obesidade infantil

Por Francine Costanti 21/08/2019

Dados da UNICEF (sigla em inglês para Fundo das Nações Unidas para a Infância) mostram que a obesidade infantil é um problema que atinge cerca de 40 milhões de crianças de 0 a 5 anos. A pesquisa ainda afirma que o número de crianças e adolescentes obesos de 5 a 19 anos aumentou 10 vezes nas últimas quatro décadas e o Brasil ocupa a 10ª posição no ranking.  

Veja a seguir cinco fatos que você precisa saber sobre a obesidade infantil. As informações são do Dr. Nelson Douglas Ejzenbaum, pediatra, neonatologista e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria e Academia Americana de Pediatria.

1 – Crianças obesas podem desenvolver outras doenças 

A criança obesa pode desenvolver doenças como a hipertensão, blount disease (que afeta os joelhos), doenças pancreáticas, doenças hepáticas, cardiopatias (problemas no coração) e outras complicações ligadas ao peso, como a dificuldade de andar com a postura correta. 

“A obesidade infantil é um quadro que precisa ser tratado com extremo cuidado e atenção, pois gera um círculo vicioso em que uma doença cria a outra”, diz o especialista.

2 – Crianças devem fazer atividade física – mas com supervisão

Crianças podem se exercitar a partir de qualquer idade – a questão, diz Dr. Nelson, é o tipo de exercício que ela fará, pois os movimentos e a intensidade precisam estar de acordo com a sua idade. Por exemplo, se uma criança de cinco anos pode correr, uma de seis anos pode correr um pouco mais. 

Mas cuidado: é importante que tudo seja supervisionado por um professor de educação física ou terapeuta e o treino deve ser proposto com certas cautelas. “Só os profissionais da área saberão indicar o melhor exercício para cada idade, mas o ideal é que a criança faça uma hora de exercícios por dia”, orienta. 

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3 – Maus hábitos alimentares podem vir de casa 

Nada mais natural para a criança do que observar a rotina dos pais e copiar. Na maioria dos casos de obesidade infantil, os maus hábitos alimentares vêm de casa. Portanto, se você notou um aumento de peso do seu filho, é hora de rever os seus próprios conceitos sobre alimentação. 

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“Os maus hábitos alimentares dos pais, sem dúvidas, influenciam os filhos. A criança aprende pelo exemplo e é muito importante que ela aprenda bons hábitos”, explica Dr. Nelson. 

4 – Tenha uma rotina alimentar disciplinada para toda a família

A primeira medida a ser tomada é dentro de casa, escolhendo melhor os alimentos, fazendo as refeições nos horários certos e deixando de lado maus hábitos como comer assistindo à televisão. Além disso, ensine para seu filho o valor nutritivo da comida que está no prato e incentive-o a se alimentar de forma conscienciosa. 

5 – Apoio médico é fundamental 

Só se trata a obesidade infantil com o apoio de um especialista, que pode ser o pediatra da criança. “Depois disso, o mesmo pediatra pode encaminhá-la para um nutrólogo ou endocrinologista – médicos mais indicados para atuarem em conjunto com um nutricionista -, pois existem questões físicas que podem estar causando esse aumento de peso além da genética, como um hipotiroidismo ou algum outro problema, como a ansiedade”, indica o Dr. Nelson.

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