Sabemos que uma boa noite de sono é importante para que a pessoa tenha energia para enfrentar o dia seguinte. Porém, muitas pessoas sofrem com insônia, distúrbio que dificulta horas de sono seguidas durante à noite. Esse transtorno pode atrapalhar o desempenho nos estudos, trabalho e também prejudica a qualidade de vida.
“A insônia pode ser definida como a persistente dificuldade de adormecer ou manter o sono, por um período de algumas semanas ou meses e que, associado a isso, provoca um comprometimento das funções diurnas do indivíduo”, explica a Dra Carolina Barbosa Trindade, geriatra do Núcleo de Geriatria do Hospital Sírio Libanês.
Tipos de insônia
Ela pode ser de dois tipos: a insônia aguda, quando ocorre em resposta a um agente estressor e os sintomas ficam presentes por menos de 3 meses e insônia crônica, quando os sintomas ocorrem pelo menos 3 x por semana e persistem por mais de 3 meses.
Existem perfis de pessoas com maior incidência, como mulheres na pós-menopausa, idosos e pessoas com estresse pós-traumático.
Conheça as opções médicas para identificar as causas da insônia
Principais causas
A insônia pode ser classificada como secundária, quando coexiste com alguma doença psiquiátrica (como depressão e ansiedade), neurológica (como demência e enxaqueca) ou consequente ao uso de alguma substância ou medicação (cafeína, álcool e corticóide) ou primária quando ela existe na ausência de uma doença e independente do uso de alguma substância.
“A insônia pode ser causada também por doenças fisiológicas e se manifestar através de doenças pulmonares (como asma), nas doenças reumatológicas (fibromialgia), nas doenças cardiovasculares (insuficiência cardíaca), nas doenças endócrinas (hipertireoidismo) e em inúmeras outras doenças”, conta a geriatra.
Diagnóstico do transtorno
O diagnóstico da insônia é clínico. O paciente tem que apresentar dificuldade para dormir, associado a algum comprometimento das funções diurnas como: fadiga, dificuldade de atenção ou concentração, irritabilidade, alteração do humor, cochilos diurnos, redução de motivação ou energia etc.
Como controlar
Para controlar a insônia, o paciente deve evitar os seguintes hábitos próximo ao horário de dormir para que o sono seja tranquilo e prolongado.
“Estão entre as indicações: não ingerir bebidas alcoólicas, não fumar, não praticar exercícios físicos (o ideal é treinar três ou quatro horas antes de ir para a cama) e evitar a manipulação de tablets e celulares, que causam agitação e distração”, ressalta ela.
Tratamentos
Se sentir que, mesmo evitando alguns hábitos no dia dia, o paciente deve procurar ajuda médica para que o especialista introduza medicamentos, caso necessário.
As consequências de dormir mal: porque você deve ter uma boa noite de sono
“Quando tratada, a insônia é resolvida em 54% dos casos, mas eventualmente volta a se apresentar em 50% dos pacientes num período de 4 anos”, completa Dra. Carolina.
Por isso é tão importante prestar atenção e saber identificar os primeiros sintomas para evitar sofrimentos ao longo do tempo.