A capacidade de socializar muitas vezes é desafiadora, seja para adultos ou para crianças. Mas quando a dificuldade em interagir com o mundo ao redor vem acompanhada de limitações na fala, movimentos corporais repetitivos ou comportamento agressivos, pode haver indícios de um diagnóstico de autismo.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma disfunção global de desenvolvimento que pode envolver causas genéticas e agentes externos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que há mais de 70 milhões de pessoas com autismo no mundo. A incidência no sexo masculino é maior. A proporção é de quatro meninos diagnosticados para uma menina.
Indícios de autismo
O TEA é um transtorno de neurodesenvolvimento que compromete, especialmente, a comunicação e a capacidade de socializar com o mundo. Mas é difícil mencionar sintomas exatos, pois eles variam de caso a caso. Os primeiros indícios costumam aparecer antes dos três anos de idade.
Os comportamentos do autista podem facilmente ser confundidos com vontade de chamar atenção, falta de educação ou até mesmo birra. Isso faz com que o diagnóstico comumente seja tardio, o que prejudica ainda mais a possibilidade de integração da criança com o mundo ao seu redor. Por isso, é importante ter atenção a alguns sinais.
O sinal de alarme mais comum é o atraso na linguagem, mas geralmente essa manifestação já vem acompanhada de outras, como restrição social, dificuldade de percepção e interação com o outro e comportamentos peculiares: apego a rotinas, estereotipias e intolerância sensorial a barulhos e luzes.
Há ainda outros detalhes aos quais os pais podem ficar atentos para identificar sinais de TEA. A criança pode ter dificuldade em olhar nos olhos, parecer surda e não reagir quando chamam seu nome. Também é comum se sentir incomodada com o toque, apresentar olhar vago e distante e ter ataques repentinos e imotivados de fúria.
É importante lembrar, contudo, que a composição clínica de sintomas de autismo é extremamente variada. Por isso, o ideal é conduzir a criança para uma avaliação personalizada e especializada. O diagnóstico será feito pelo médico a partir do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), que estipula três principais critérios.
São eles os déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais; déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social; e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades.
Possibilidades de tratamento do TEA
Não existe cura para autismo, mas um programa de tratamento precoce e interdisciplinar pode melhorar muito a perspectiva de crianças pequenas que sofrem do transtorno. O principal objetivo das atividades é maximizar as habilidades sociais e comunicativas da e reduzir os sintomas da doença.
Por isso, de maneira geral, o tratamento envolve recursos visuais, terapias de comunicação e comportamento, terapia ocupacional, fisioterapia e terapia do discurso. Sempre considerando, claro, as necessidades individuais de cada criança. Assim, é possível garantir mais bem-estar e qualidade de vida para quem sofre de TEA.
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