O Centro de Valorização da Vida, ou CVV, é um serviço gratuito que serve de apoio a quem precisar conversar sobre assuntos difíceis e que podem colocar a vida da própria pessoa em risco. Através de um contato telefônico, por chat ou skype, quem passa por situações difíceis pode buscar auxílio de forma totalmente confidencial.
Uma das mais antigas ONGs do Brasil, o CVV é reconhecido como instituição pública do País desde 1973. O principal objetivo é a prevenção de suicídio através da atenção e do apoio a quem busca ajuda.
O trabalho do CVV
De acordo com Adriana Rizzo, voluntária e porta-voz do CVV, o principal serviço oferecido pela instituição é o apoio emocional gratuito que atende pessoas que sentem-se solitárias, tristes, depressivas e com ideias suicidas. Ao discar o 141 a partir de um telefone, qualquer um tem acesso à atenção de um voluntário para conversar sobre qualquer assunto.
Adriana lembra que no Estado do Rio Grande Sul há uma serviço mais recente, o primeiro telefone sem custo para prevenção do suicídio. O número direto é 188. Ambos os serviços são totalmente sigilosos e por isso não é possível manter o controle de quantos contatos são feitos, já que uma pessoa pode ligar diversas vezes. A estimativa é de cerca de 1 milhão de atendimentos por ano.
Além do apoio emocional a quem está passando por uma fase conturbada da vida, o CVV também oferece grupo de apoio a pessoas que sofrem com o suicídio de familiares e amigos. O Centro ainda promove, eventualmente, eventos também gratuitos e participa de palestras em empresas e universidades.
Seja um voluntário de valorização à vida
Quem deseja trabalhar como voluntário do Centro de Valorização da Vida deve participar de um treinamento no posto mais próximo de onde reside. No site da entidade há informações completas sobre os dias, horários e locais. Basta preencher um cadastro e informar a intenção de ação voluntária.
Os requisitos para trabalhar voluntariamente no CVV são: ter mais de 18 anos e disponibilizar no mínimo quatro horas semanais para a causa. O treinamento consiste em mais horas práticas, com simulações de atendimento, do que teóricas. De acordo com a porta-voz, essa relação é essencial para o sucesso do trabalho realizado.
Ações de valorização à vida no dia a dia
Adriana explica que diversas atitudes do cotidiano podem mudar a vida das pessoas que passam por um momento de instabilidade emocional. A recomendação é, em primeiro lugar, tentar conhecer-nos a nós mesmos e dar importância aos nossos sentimentos. Depois, disponibilizar o tempo e a atenção para quem precisa e ouvi-los sem julgamento.
Esse desprendimento do julgamento é essencial. Ninguém quer ouvir, ao falar de seus problemas, frases como “eu disse”, “você fez tudo errado” ou “se eu fosse você…”. Aceitar cada pessoa como um indivíduo com sentimentos próprios e responsável por suas escolhas é uma atitude primordial para a valorização da vida.
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