A depressão aflige muita gente que prefere guardar o silêncio quanto à doença em vez de dividir o problema com os amigos ou as pessoas próximas. Os sintomas da depressão dificultam a forma de relacionamento, baixa autoestima, tornando cada dia um obstáculo duro de vencer. Sentir tudo isso na pele dói e, atualmente, mais de 17 milhões de brasileiros sofrem com os sintomas da depressão, de acordo com a Organização Mundial da Saúde – no mundo, os números ultrapassam 120 milhões de diagnósticos.
A tristeza profunda é um dos sinais mais conhecidos da doença que, no entanto, provoca muitas outras complicações no corpo, algumas raramente associadas à depressão. Faça o teste e descubra o quanto você conhece sobre o tema e está apto para superá-lo ou para ajudar alguém a sair desse sofrimento.
Depressão na infância
Com base que a depressão agrega grande parte da população, pesquisas informam que desde a fase mais jovem, a depressão vem se tornando frequente. Confira:
Se a criança fica triste por um período muito longo, os pais devem ficar alertas? “Sim, sentir tristeza, em qualquer idade, é normal, mas se isso perdura por muitas semanas pode ser algo mais grave, como depressão”, responde Fabio Sato, psiquiatra infantil do Hospital Israelita Albert Einstein.
Pode parecer estranho falar em depressão na infância, mas ela acomete até mesmo os pequenos, em idade pré-escolar. É o chamado transtorno depressivo maior na infância, que tem como principais sintomas irritação, tristeza e choro fácil, desânimo, mudança no padrão do sono (quer dormir demais ou não sente sono), diminuição ou aumento do apetite, pensamentos ruins. “Em geral, a criança fica bem apática, não quer mais brincar, fica quieta num canto, desinteressada. E isso começa a influenciar sua rotina, torna-se uma constante, por mais que os pais se esforcem em diverti-la ou tirá-la da letargia”, explica o médico.
A boa notícia é que tem tratamento, muito similar àquele feito nos adultos, com medicamentos e psicoterapia. No entanto, apenas crianças com mais de 8 anos têm recomendação para uso de remédios desse tipo. Nessa fase, o que conta muito é o apoio da família e também da escola, que devem respeitar o momento que o pequeno está passando e não forçá-lo nem recriminá-lo quando não sente vontade de fazer atividades que são consideradas normais para as outras crianças – ele pode não querer participar de um jogo ou de um passeio, por exemplo. Um episódio depressivo na infância dura em média dez meses e cerca de 90% das crianças ficam bem.
Da mesma maneira que os pequenos, os adolescentes também estão suscetíveis ao problema, especialmente as meninas, numa proporção de três para um em relação aos meninos. Os sintomas são muito parecidos com os dos adultos: aumento da necessidade de sono e do apetite, tristeza, perda de vontade de fazer as coisas que anteriormente eram prazerosas, dificuldade de manter a atenção, choro fácil, inquietação ou letargia, apatia. O tratamento é feito com a união de medicamentos e sessões de psicoterapia.
Sintomas característicos da depressão :
1 – Estado de ânimo constantemente irritado
2 – Perda da sensação de prazer aos realizar atividades rotineiras
3 – Excesso de sono ou o oposto: dificuldade para conciliar o sono
4 – Mudança radical no apetite habitual, com aumento ou perda de peso
5 – Fadiga, falta de força e energia para as tarefas rotineiras
6 – Sentimento de ódio consigo mesmo, inutilidade ou culpa não merecida
7 – Grande dificuldade de concentração e de manter tal concentração
8 – Velocidade não usual dos movimentos corporais (muito agitados ou muito lentos)
9 – Inatividade e falta de vontade para realizar as atividades rotineiras
10 – Sentimento de desesperança e abandono
11 – Pensamentos dirigidas de maneira contínua à morte ou ao suicídio
Muitas vezes junto à depressão, coexistem sentimentos de inutilidade, explosões de raiva e incapacidade de sentir-se bem com atividades que normalmente resultavam prazerosas.
Em crianças, às vezes os sintomas clássicos não são observados, motivo pelo qual deve-se estar atento a mudanças que se produzam no rendimento escolar, no comportamento ou nos padrões de sono.
Fonte: Einstein Saúde //Minha Vida
Traduzido e adaptado por: Danielle Miranda