Observamos que o indivíduo consome e produz uma subjetividade presente em determinado contexto social e histórico, e a vive como se fosse individual.
Nesse sentido, compreendemos como subjetividade o conjunto de modos de percepção, afeto, pensamento, desejo, medo, que constitui o sujeito inserido em um contexto social. Portanto, “a subjetividade é essencialmente fabricada e modelada no registro do social”.
Podemos também defini-la como algo produzido nas “entrelinhas”, algo que perpassa os espaços do social, que pode dizer quando as palavras não estão presentes, que influencia e que molda, que compõe olhares, comportamentos, maneiras de pensar, sentir, idealizar, se relacionar e viver.
Fabricamos, modelamos…
A subjetividade é vista como socialmente fabricada, modelada, recebida e consumida e nosso afeto é atravessado por isso e também, de certa forma, produzido, assim como nossa forma de perceber o mundo e articular nossas relações sociais.
Podemos dizer que compreendemos como subjetividade o conjunto de modos de percepção, afeto, pensamento, desejo, medo, que constitui o sujeito inserido em uma sociedade, portanto “a subjetividade é essencialmente fabricada e modelada no registro do social”, nos dizia Guattari.
Podemos também defini-la como algo produzido nas “entrelinhas”, algo que perpassa os espaços do social, que pode dizer quando as palavras não estão presentes, que influencia e que molda, que compõe olhares, comportamentos, maneiras de pensar, sentir, idealizar, se relacionar e viver.
Assim, subjetividade é tudo aquilo que é produzido através de ações, sentimentos, contextos sociais, culturas, crenças, valores, acontecimentos, percepções, palavras, dentre outros fenômenos existentes no meio social; esta se dá e se constitui no nível da interação humana e infra-humana.
Indivíduos como resultados
Dentro desta perspectiva, os indivíduos são resultados de uma produção de massa: “O individuo é serializado, registrado, modelado (…) a subjetividade não é passível de totalização ou de centralização no indivíduo”.
E essa relação pode ser vivida de forma alienada fazendo com que o indivíduo se submeta a subjetividade tal como a recebe ou estabeleça uma relação de expressão e criação, se reapropriando dos componentes da subjetividade e produzindo o que Guattari vai chamar de singularização. “É, portanto, num só movimento que nascem os indivíduos e morrem os potenciais de singularização”.
No entanto, a sociedade capitalista, que produz tais subjetividades, tende a bloquear estes processos de singularização, instaurando processos de individuação, visando o ser indiviso, “algo que não pode ser dividido”. Assim, os homens se organizam segundo certos padrões universais que os serializam, os massificam e os individualizam nesse sentido.