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Psicose pós-parto afeta comportamento da mãe

Por Redação Fortíssima 08/03/2016

A alteração de humor é algo comum entre as mães logo após o nascimento do filho, especialmente devido às mudanças na rotina e também no corpo. Mas quando esses episódios se tornam frequentes e intensos, provocando alterações no comportamento , pensamentos extremos e até mesmo alucinações, o caso pode ser de psicose pós-parto.

Frequentemente confundida com a depressão pós-parto, a condição afeta uma a cada 500 mães e traz consequências mais graves, apesar de ter alguns sintomas semelhantes com a depressão. O problema é completamente tratável e deve receber acompanhamento profissional o quanto antes, garantindo a saúde e o bem-estar da mulher e do bebê.

O que é psicose pós-parto

Também chamada de psicose puerperal, a condição afeta milhares de mulheres a cada ano, sendo caracterizada por crises de depressão, delírios e pensamentos de machucar a si mesmo e ao bebê.

Geralmente, os episódios de psicose pós-parto começam dias após o nascimento ou até oito semanas depois. Afetam de forma considerável o humor, pensamento e comportamento da mãe, que apresenta sintomas como manias, depressão, confusão, alucinações e ilusões. Em casos graves, pode chegar a provocar pensamentos suicidas e homicidas.

Os primeiros sinais que podem ser identificados nas pacientes são insônia, irritabilidade, agressividade, agitação psicomotora, labilidade emocional e déficits cognitivos moderados, principalmente de memória.

As causas que levam a psicose pós-parto ainda não são comprovadas e o problema pode afetar qualquer nova mãe. Porém, alguns fatores de risco são relacionados, como transtorno bipolar, histórico familiar, mudanças nos níveis de hormônios e sono interrompido.

psicose pós-parto

Depressão, alucinações e mudanças no comportamento são alguns sintomas. Foto: iStock, Getty Images

Como tratar o problema

Muitas vezes, a psicose pós-parto só é identificada quando já está num estágio avançado, pois as mulheres tendem a esconder os sintomas por medo de serem afastadas do filho, o que acaba evitando que elas recebam a ajuda necessária.

Outro fator que complica o tratamento é o diagnóstico errado, pois a condição é confundida com outras doenças mentais como a depressão, que tem sintomas semelhantes. Quando diagnosticada, o principal tratamento é a administração de medicação antipsicótica, que deve ser iniciada o quanto antes.

Os remédios não são tóxicos e as mães podem continuar amamentando sem problemas durante o tratamento. O acompanhamento psicológico, assim como o apoio da família, também são fundamentais, ajudando a paciente a aceitar a maternidade e suas mudanças.

Muitas mulheres se sentem culpadas pela situação e acham que não são boas mães, por isso é importante o afeto do marido e familiares, além de manter o contato com o bebê. A recuperação da psicose pós-parto é lenta e gradual, sendo indicado que a mulher permaneça na unidade de tratamento por algumas semanas.

Ao receber alta, deve continuar tomando a medicação e recebendo ajuda profissional, pois o índice de reincidência é bastante alto. O tempo de tratamento varia de acordo com a gravidade de cada caso.

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