Gestalt é uma palavra de origem alemã que não tem tradução precisa em português. Refere-se a um processo de dar forma, de configurar o que é visto.
A psicologia da Gestalt ou psicologia da forma, surgiu no início do século XX, sendo diferente da Gestalt-terapia, que foi criada por Fritz Perls. De acordo com sua teoria, não se pode ter conhecimento do “todo” por meio de suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas partes.
A Teoria
Um dos seus principais representantes foi Wertheimer. Este, demonstrou que quando a representação de determinada frequência não é transposta se tem a impressão de continuidade e chamou o movimento percebido em sequência mais rápida de “fenômeno phi”. A tentativa de visualização do movimento marca o início da escola mais conhecida da Psicologia da Gestalt e seus pioneiros, além de Wertheimer, foram Kurt Koffka, Kurt Lewin e Wolfgang Kohler.
A Psicologia da Gestalt, que foi um campo estritamente experimental, e ocupou-se em trazer questionamentos que foram contrários à visão mecanicista e à visão atomística (visa o átomo como a menor parte ou elemento constitutivo das coisas).
Esta afirmava que o “todo é uma realidade diferente da soma de suas partes”, pois o que percebemos é a relação entre as partes que compõem o todo. Ex: sinfonia. Sendo um campo de pesquisa que trouxe novas perspectivas para entender a maneira com a qual o homem percebe o mundo. E alguns de seus princípios influenciaram a Gestalt Terapia.
Um vaso ou dois rostos?
Campo
Afirma que a percepção é uma função que acontece em um determinado campo. O aspecto das coisas ou forma é determinado pela organização do campo que a distribuição do estímulo dá origem. A percepção se dá sempre a partir de determinados fundamentos que, de certa forma, a organizam.
Os fundamentos básicos da psicologia da Gestalt são:
- Boa continuidade
- Boa forma
- Semelhança
- Unidade
- Uniformidade
- Proximidade
- Fechamento
O que isso quer dizer é que, segundo os autores da Psicologia da Gestalt, sempre percebemos as imagens dando a elas uma boa forma, um fechamento, certa simplicidade e proximidade as figuras vistas. Além de relacionar uma figura e um fundo nas imagens percebidas.
Figura e fundo
Para Koffka a articulação figura-fundo está presente no campo percebido. Quando olhamos logo definimos o que é figura e o que é fundo, dependo do campo e de vários fatores.
Figura e fundo também estão presentes nas diferentes modalidades sensoriais: audição, tato, paladar, olfato; e o fundo das figuras desses sentidos é muito mais determinado por nossa relação com essas figuras no contexto do meio comportamental.
No exemplo da imagem acima, dependendo do que for figura e do que for fundo, veremos uma jovem ou uma senhora.