Filhos

Pedofilia na internet: um aplicativo que rastreia os predadores

Por Redação Doutíssima 05/11/2013

Na era digital em que a internet se tornou de grande importância na vida da grande maioria das pessoas, sejam elas crianças, jovens, adultos ou até mesmo idosos, a mesma arma que permite velocidade no compartilhamento de informações, também engatilha para perigos e crimes virtuais que não param de aumentar. É o caso da pedofilia na internet. Dado a esse grande aumento do crime sexual contra a infância através da internet, cientistas criaram um robô que pode ajudar a evitar esse tipo de acontecimento: um novo procedimento para detectar os predadores sexuais na rede. Na Espanha, policiais especializados em crimes virtuais em colaboração com cientistas inventaram esse robô que é capaz de identificar os potenciais pedófilos da internet.

Com o sotfware, os pais podem receber e-mails sobre os acessos das crianças

Qualquer pessoa poderia cair nessa armadilha, pois esse software é capaz de reproduzir perfeitamente a maneira de falar de uma adolescente de 14 anos. Erros de ortografia, abreviações, assuntos das conversas, esse programa tem todos os atributos de uma adolescente normal. O sistema foi chamado de Negobot e passeia frequentemente nos fóruns de discussões visitados para cercar e desmascarar os possíveis predadores.

Essa Lolita virtual pode ser extremamente passiva no início de um “chat”, mas assim que a conversa começa a se tornar mais íntima, táticas bem elaboradas e baseadas no que pode acontecer durante esse tipo de conversa se mostram para enganar os pedófilos virtuais. A tática é tão bem feita que um pedófilo cai facilmente na armadilha e pensa estar, de fato, conversando sobre sexo na internet com uma criança.

No decorrer da conversa, o aplicativo tenta extrair o máximo de informações pessoais possíveis sobre o interlocutor. Porém, para não ser rapidamente desmascarado, o programa deve se manter espontâneo: às vezes apressado, às vezes ofendido. Os cientistas utilizaram um sistema matemático a fim de fazer com que o comportamento do robô seja mais convincente.

Testado e aprovado, este cyber-policial foi adotado pela polícia espanhola. A ideia de usar a inteligência artificial para rastrear esse tipo de criminosos não é nova. Mas esse novo robô tem algo mais: uma personalidade. Como explica o doutor Carlos Laorden da Universidade de Deusto, em San Sebastián: “A novidade do Negobot é que ele mobiliza estratégias que dão um aspecto muito mais realista à conversação”.

É claro que o processo ainda apresenta falhas. Ele é capaz de manter uma conversa durante algumas horas, mas ainda não pode mantê-la durante vários dias, por exemplo. Nem entender ironia. Mas os cientistas acreditam estarem próximos de adaptar uma versão que funcionará nas redes sociais.