Saúde

Saiba mais sobre os cigarros eletrônicos, super em alta na França

Por Redação Doutíssima 14/11/2013

Os vendedores de nicotina e os pneumologistas unidos pela mesma causa. Será que é um sonho estranho? Não! Na União Europeia isto já está acontecendo e a causa é um sopro de revolta carregado com vapor de água que vai acontecer ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

Impulsionados pelas associações de fabricantes de de distribuidores dos e-cigarettes (cigarros eletrônicos), todos os “e-fumantes” foram chamados para manifestar em frente ao Parlamento no mês de outubro de 2013, às vésperas da votação da directiva relativa aos produtos do tabaco que poderia também envolver o status do e-cigarro por 20 anos.

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A preocupação

A União Europeia tem a intenção de classificar o cigarro eletrônico como um medicamento. Uma boa nova para os que afirmam que o cigarro eletrônico é um substituto do tabaco capaz de fazer reduzir o consumo dos cigarros normais. Porém, a decisão pode ser uma catástrofe para os vendedores do produto que terão, provavelmente, que fechar as portas e deixar os frascos de nicotina exclusivamente para as farmácias.

 

Não banalizar, nem dramatizar

Na origem do combate contra os lobbies do cigarro eletrônico, a Associação Independente dos Usuários (en français, “Association Indépendante des Usagers”, Aiduce) pode contar com o apoio do Escritório Francês de Prevenção ao Tabagismo (“Office Français de Prévention du Tabagisme”, OFT), que tem como presidente e pneumologista Bertrand Dautwenberg, que enviou um relatório ao Ministério da Saúde Francês pedindo a supervisão da venda do produto.

Segundo o professor Dautzenberg, que recusa de fazer do cigarro eletrônico um “produto de consumo frequente” sem nenhuma forma de regulamentação e controle, seria contra-produtivo fazer do produto um medicamento, pois isso seria impedir que o produto substitua o vício pelo tabaco.

Mais de 23 milhões de europeus experimentaram o cigarro eletrônico em 2012, mas este número provavelmente dobrou em 2013. Por causa disso, muitos especialistas afirmam que o e-cigarro deve continuar a ser acessível aos fumantes, pois quanto mais pessoas optarem pelo cigarro eletrônico, mais pessoas deixarão de fumar cigarro normal, segundo Brice Lepoutre, presidente da Aiduce, em um comunicado co-assinado pela OFT.

Na verdade, as duas associações acusam os lobbies do tabaco, que são muito numerosos e poderosos na Europa, de apoiar o status do cigarro eletrônico como um medicamento vendido em farmácias a fim de marginalizar o seu uso.

 

MAS ATENÇÃO: Muitos estudos foram feitos para saber se este produto não colocava realmente a saúde em risco e, também, se ele seria mais ou menos nocivo que o cigarro. Porém ainda não há nada de conclusivo sobre o assunto.