Dormir com outras pessoas pode ser a chave para um casamento feliz. Essa foi a surpreendente constatação divulgada nesta sexta-feira – data em que é comemorado o Dia dos Namorados em diversos locais do mundo – em um estudo realizado pela Universidade Northwestern, em Illinois, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, a “externalização” da relação – inclusive do sexo – e a traição pode tornar os relacionamentos mais felizes.
A pesquisa ouviu de casais que eles esperam que seus cônjuges sejam melhores amigos, conselheiros e incentivadores de suas carreiras profissionais. No entanto, apesar dessa longa lista de exigências, constatou-se que estamos gastando menos tempo com os nossos companheiros.
Traição e relacionamentos:
Como resultado disso, nossas necessidades psicológicas não estão sendo satisfeitas, e a maioria dos relacionamentos de hoje é pior do que os do passado, observou o estudo.
O alerta veio de Eli Finkel, professor de psicologia que, junto com sua equipe, revisou pesquisas existentes sobre a história e a sociologia das relações. Em entrevista ao jornal britânico “The Telegraph”, ele concordou que, em certos casos, um relacionamento não-monogâmico funciona melhor.
‘Pode ser que o seu cônjuge seja uma excelente fonte de apoio social e de estímulo intelectual, mas se você não teve relações sexuais mais de duas vezes por ano durante os últimos cinco anos, nenhum dos dois estará satisfeito. Será preciso cumprir essa necessidade em outro lugar. Eu não recomendo fazer às escondidas, mas um relacionamento não-monogâmico, tocado de forma aberta e consensual, pode perfeitamente ser funcional’, disse o pesquisador ao jornal.
A pesquisa revelou também que precisamos deixar de encarar os parceiros apenas como alguém que fornece comida, abrigo e segurança. Eles precisam se tornar, segundo Finkel, aquela pessoa que nos aconselha e ajuda a nos tornar melhores.
O trabalho contatou que no final do século XVIII, o casamento tornou-se uma instituição que ajudou as pessoas a satisfazerem suas necessidades básicas, como alimentação, segurança e conforto. Por volta de 1850, as pessoas começaram a se casar por amor. Já na década de 60, as pessoas mudaram o foco e passaram e tentar entender como seus parceiros poderiam completá-las psicologicamente.
Finkel acredita que cada vez mais estamos olhando para o nossos cônjuges e os encarando como sendo os responsáveis a nos ajudar a descobrir quem somos e a alcançar uma melhor versão de nós mesmos. Essas características não são necessariamente problemáticas, mas combiná-las com o ritmo acelerado do mundo moderno é extremamente complicado.
Tempo
O estudo também mostrou que os casais de hoje passam mais tempo no trabalho e com os seus filhos do que há 20 ou 30 anos, e têm menos tempo para dividir um com o outro.’Eles simplesmente não têm tempo para criar os profundos vínculos necessários para que as suas expectativas em relação aos parceiros sejam satisfeitas. Como resultado, os casamentos, em média, são menos felizes – disse ao jornal.
O professor defende que os resultados não apontam necessariamente que as pessoas pararam de se preocupar com o amor em seus casamentos, mas que, cada vez mais, elas pensam que estão estagnadas, que não crescem com o parceiro e que, por isso, devem deixar a relação.
Fonte: O Globo
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