Saúde Mental

Mania é um problema psicológico: saiba como evitar e tratar

Por Redação Doutíssima 25/09/2015

Mania é um problema psicológico, mas o termo é popularmente usado para descrever hábitos metódicos, gestos incomuns ou a fixação que uma pessoa pode ter por alguma coisa. Esses também são conhecidos como tique ou cacoete.

É importante saber que o termo científico “mania” representa um problema de saúde mental, e não situações ou hábitos corriqueiros. Por ser uma doença, a palavra aparece catalogada em diferentes manuais de psicopatologia e diagnósticos.

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Alguns dos tipos de mania também são chamados de transtornos. Foto: iStock, Getty Images

 

O que é mania

A psicóloga Carolina Bohn comenta que existem diferentes sintomas quanto aos problemas de saúde mental. Ela diz que episódios maníacos podem estar ligados a questões afetivas, no qual o doente experimenta oscilação de humor e intensidade de realização das atividades.

“Chega a picos elevados e euforia (fase maníaca) e de depressão”, afirma a especialista. Há também os transtornos obsessivos compulsivos, em que o indivíduo passa por uma ansiedade elevada, contra qual defende-se com comportamentos repetitivos e excêntricos.

Tipos de manias

A psicóloga explica que alguns dos tipos de mania também são chamados de transtornos. Nesse caso, a repetição de um sintoma é o principal motivo de sofrimento. Como exemplo ela cita a ninfomania (compulsão sexual), cleptomania (roubo), mitomania (compulsão por mentir) e tricotilomania (hábito impulsivo de arrancar os cabelos).

Carolina diz que esses sintomas podem estar presentes em conjunto com transtornos de ordem psicótica, como esquizofrenia. Também há chances de aparecerem junto com problemas de desenvolvimento, como em casos de autismo e deficiência mental.

Como identificar e tratar as manias

Para identificar o comportamento maníaco, a psicóloga sugere observar a pessoa e tentar entender se a mania acontece em um episódio que se destoa do padrão habital ou se há a presença de um comportamento repetitivo como parte integrante da rotina. Avaliar como isso interfere na qualidade de vida também é importante.

Seja qual for o caso, o julgamento de quem convive com um maníaco pode entender as manifestações como episódios. Mas Carolina lembra que essas ações fora do comum são sintomas de algum transtorno.

Assim, deve-se avaliar o prejuízo que esses comportamentos trazem para a rotina dos envolvidos. “A partir do momento em que se entende esse conjunto de manifestações como um problema a ser tratado pode-se buscar ajuda”, explica.

As abordagens para esse tipo de problema variam, mas é importante que a pessoa com transtorno esteja disposta a passar por esse processo para obter uma mudança. Profissionais da área de psicologia ou psiquiatria podem contribuir para reestabelecer a saúde mental.

Geralmente, o tratamento busca reduzir os sintomas incômodos até a remissão. “Alguns profissionais irão propor esquemas de mudanças comportamentais, passando pela reflexão acerca das causas e origens desse sofrimento”, explica. Por fim, Carolina explica que não é uma relação de causa e efeito e, por isso, não há resolução instantânea do problema.

 

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