Nesta semana, a morte de mais uma personalidade pública chamou a atenção do país. Fabiane Niclotti, a Miss Brasil de 2004, foi encontrada na noite da última terça-feira, dia 28, na cidade de Gramado (RS), onde morava sozinha. O caso despertou o alerta sobre os sintomas da depressão.
De acordo com a Polícia Civil, as causas mais prováveis são de suicídio ou morte súbita. A primeira, contudo, parece ser a mais provável. O irmão da jovem confirmou que ela estava em tratamento psicológico, tomava remédios tarja preta e apresentou fortes sinais depressivos nos últimos meses.
Sintomas da depressão: aprenda a identificar
A depressão nervosa ou o Transtorno Depressivo Maior (TDM) é um distúrbio do humor, que leva a pessoa a sentir uma sensação de tristeza profunda e falta de interesse na vida de maneira persistente. Trata-se de uma doença ainda cercada de preconceitos, já que muitas pessoas a confundem com um mal-estar passageiro.
As causas por trás do TDM são muito variadas. Elas podem ser de cunho externo (dor, estresse, dificuldades no trabalho, conturbações na vida privada, consumo excessivo de substâncias e hábitos de vida nocivos) ou interno (fatores genéticos e hormonais). O primeiro passo para tratar a condição é identificá-la por meio dos sintomas.
De forma geral, o quadro clínico da depressão é composto por desânimo, cansaço fácil, dificuldade de sentir prazer nas atividades cotidianas, falta de motivação, apatia e sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desamparo e vazio. O pessimismo é outra característica marcante do transtorno.
A pessoa deprimida convive com a baixa autoestima e geralmente se sente inútil e fracassada. No TDM, há sempre uma interpretação distorcida e negativa da realidade: o mundo ganha uma perspectiva triste, um tom cinzento. Tais sintomas, relacionados ao humor, somam-se também a outros de natureza física e cognitiva.
A depressão nervosa pode se refletir no corpo de maneiras diversas, dependendo do caso. Perda e ganho de peso excessivos costumam ser característicos, além de tonturas, palpitações, disfunção gastrointestinal, falta de ar, mudanças no padrão do sono, dor de cabeça e dores articulares.
Já em relação ao aspecto cognitivo, a pessoa afetada pode apresentar dificuldades de concentração, lentidão para realizar atividades e pensamentos suicidas recorrentes. Isso reflete diretamente sobre sua produtividade e prejudica a qualidade de vida.
Depressão tem cura
Atualmente, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão atinge cerca 7% da população mundial. São mais de 400 milhões de pessoas. Em 2010, os custos diretos e indiretos da doença foram estimados em 800 bilhões de dólares – mais de R$ 2 trilhões – no mundo todo. Trata-se de um problema de saúde pública.
A boa notícia é que com tratamento adequado o TDM pode ser revertido. Por meio de medicamentos antidepressivos e tratamentos psicológicos – como psicoterapia e psicanálise – o paciente pode atingir a remissão e se livrar totalmente dos sintomas, retomando o trabalho e os relacionamentos.
Depressão não é frescura, é doença. Se você perceber os sintomas, não hesite em buscar ajuda. Também vale ficar de olho quando os sinais aparecem em pessoas do seu convívio. Nem sempre é fácil admitir o problema e ir em busca de ajuda por conta própria.
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