Pessoas com depressão podem não ser beneficiadas por alguns hábitos saudáveis, de acordo com novo estudo divulgado pela revista Health.
Os efeitos antiinflamatórios já conhecidos da prática de exercícios físicos ou o consumo moderado de álcool, por exemplo, não são tão eficientes em pacientes depressivos. A pesquisa, realizada pela Duke Medicine, no Estados Unidos, afirma que essa descoberta sugere um novo potencial perigo da depressão, doença que afeta um em cada 10 norte-americanos.
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Para o estudo, os pesquisadores analisaram os hábitos de exercícios e consumo de álcool de mais de 200 adultos, não fumantes e sem histórico de doença mental. Os testes revelaram, no entanto, que 4,5% deles se encaixavam em critérios para depressão.
Os pesquisadores também analisaram os níveis de proteína C-reativa (PCR) em amostras de sangue coletadas dos participantes. A PCR é utilizada para prever o risco futuro de doenças cardíacas e inflamatórias crônicas e pode participar da formação de placas que se acumulam nas artérias.
Pesquisas anteriores já haviam mostrado que o exercício e o consumo moderado de álcool – definido como uma dose por dia para mulheres e duas para os homens – podem reduzir inflamações e diminuir o risco de doenças cardíacas e de diabetes tipo 2.
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Os participantes do estudo que eram fisicamente ativos geralmente tinham níveis mais baixos de PCR, com exceção daqueles com depressão. Os pesquisadores também descobriram que o consumo moderado de álcool foi associado com baixos níveis de PCR em homens que não estavam deprimidos, mas não nas mulheres com depressão.
Segundo o estudo publicado na revista Brain, Behavior, and Immunity, entre as mulheres, a depressão não teve muito efeito sobre os níveis de PCR em pessoas que não bebem, bebiam ocasionalmente ou moderadamente. “Nossas descobertas sugerem que a depressão não apenas afeta diretamente a saúde física e mental de um indivíduo, mas também pode diminuir os benefícios da prática de atividade física e consumo moderado de álcool. Isso parece ser específico para casos de inflamação, que aumentam o risco de doenças cardíacas, fazendo com que a depressão se torne um fator de risco”, explicou o líder da pesquisa, Edward Suarez.
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