Saúde Mental

Conheça a cronopsicologia e organize melhor o seu dia

Por Redação Doutíssima 06/05/2013

06.05 cronopsicologia

Psicólogos criticam alguns hábitos de trabalho das mulheres modernas, como ficar até mais tarde no escritório ou passar muito tempo coladas às telas do computador. Mas agora, uma nova geração de especialistas, os cronopsicólogos afirmam que, longos dias são ruins e aconselham a procurar formas mais equilibradas de trabalho.

A cronopsicologia é uma nova disciplina que estuda os ritmos psicológicos para encontrar o seu tempo ideal para trabalhar. “Tentamos determinar quando o cérebro tem picos de atividade durante o dia e quando está com atividade mais baixa”, explica o professor de psicologia François Testu. Estudos mostram que essas taxas oscilam ao longo do dia.

É melhor começar o dia às nove horas, por exemplo, e também já foi provado que, o período logo após o almoço é o mais difícil. O pós-almoço deve ser usado para o trabalho que não necessite de muita concentração. E outras variações ocorrem ao longo do dia.

 

Buscando o equilíbrio

Um dos principais benefícios da cronopsicologia é que ela ajuda você a gerenciar o seu tempo e a sua carga de trabalho. A pesquisa conseguiu verificar a presença de um padrão de mudança no desempenho ao longo do dia. Geralmente sua atenção se acumula desde o início do dia até o final da manhã, diminui depois do almoço e depois volta mais tarde. Você está no seu melhor desempenho normalmente entre dez e meia e onze e meia da manhã e ente quatro e seis horas da tarde.

Porém, como regra geral, os picos de desempenho intelectual são entre dez da manhã e uma hora da tarde, por isso este é o momento ideal para reuniões e discussões. Mas é inútil dedicar horas e horas especificamente para este tipo de atividade sendo que, uma hora e meia é suficiente para uma troca de informações eficaz. Depois de uma pausa, você pode voltar em uma sessão de intensa produtividade. E, na hora do almoço, resista à tentação de devorar um sanduíche em sua mesa enquanto termina o relatório.

A era do excesso de trabalho chegou ao fim, de acordo com os cronopsicólogos. Nossos neurônios estão finalmente começando uma pausa. Manter bons hábitos de trabalho também se refere à dedicação de tempo para manter boas relações profissionais com os colegas. Após o almoço, vale a pena programar algum tempo para se comunicar com as pessoas que trabalham com você e ter algum tempo para si mesmo, antes de começar o seu período produtivo do dia.

 

Pausas são muito úteis

Os empregadores, muitas vezes, esperam que você seja capaz de resistir à pressão para fazer mais, porém é essencial fazer uma pausa. Um breve descanso tem inúmeros benefícios: “ele permite que você relaxe, e, portanto, mantém a sua concentração e motivação”, diz o professor Testu. O número de pausas e a duração delas depende muito da natureza do seu trabalho. Se você está sob muito estresse, procure fazer mais pausas – a cada duas horas, por exemplo. Pare o que você está fazendo por 10 minutos e tenha um tempo para você, com um café e uma revista. O que acha? Você precisa realmente ficar longe do trabalho. Também não há nada de errado em trabalhar por 12 horas contínuas, mas o ideal é manter o mesmo horário de trabalho durante a semana e manter os seus fins de semana livres. Fica fácil adotar essa última, não? =]

 

O problema das segundas-feiras

As manhãs de segunda-feira são como as de sexta-feira à tarde, em que o seu padrão de desempenho e comportamento intelectual serão menos ativos. Você estará em “modo de fim de semana”, querendo antecipar o fim de semana ou ainda em uma mentalidade de domingo. Aposto que você conhece esse dilema!

Além de serem semelhantes ao ritmo biológico, os padrões de atividade intelectual também dependem de outros fatores. A motivação é um deles. Para aumentar o seu nível de concentração é preciso colocar-se situações motivadoras. Este será seu novo desafio!

Um fato interessante: nunca foi demonstrado que existem diferenças entre homens e mulheres em relação aos padrões de desempenho intelectual! Mas isso, eu tenho certeza que você já desconfiava 😉

Fonte: Catherine Maillard – doctissimo.com

Tradução e adaptação: Luiza Barreto