No Brasil, o número de pessoas alérgicas triplicou nos últimos 40 anos.
A Organização Mundial de Saúde considera alergias como a quarta doença mais comum no mundo todo em relação ao número de pessoas afetadas. Deste modo, alergias ficam logo após câncer, doenças cardíacas e AIDS. Entre os tipos alérgicos considerados estão: asma, dermatites, rinite alérgica, conjuntivites e alergias alimentares.
As razões desse aumento variam, pois apesar de os cientistas concordarem que há bases genéticas para casos de alergias, é principalmente as mudanças em nosso ambiente que explicam esse aumento tão grande no número de alérgicos pelo mundo. Há a questão do aumento da temperatura global e também do índice de humidade no interior das nossas casas, coisa que contribui para a proliferação de ácaros. Também, o estilo de vida, em geral, mudou. A rotina das pessoas está mais concentrada em ambientes fechados, as moradias são menores. Nossa dieta mudou, e, claro, não podemos esquecer da poluição. Além de tudo isso, paradoxalmente, a melhora dos padrões de higiene contribui para o surgimento de alergias uma vez que enfraquece o sistema imunológico.
Sobre o sistema imunológico, alguns estudos indicam que os adultos que não sofrem de infecções durante a infância são mais propensos a asma e alergia. A estimulação precoce do sistema imunológico desempenha um papel importante na prevenção de alergias na vida adulta.
Vários fatores podem desencadear alergias. A predisposição genética não é ignorada: pais alérgicos tem maior probabilidade de ter um filho alérgico, mas isto não é uma regra. As causas ambientais são sempre um fator determinante para o desencadeamento de uma crise alérgica, e estas, felizmente, podem ser evitadas.
Para cada tipo de alergia, existem medidas preventivas que podem facilitar a vida. Pode parecer infame, mas a melhor maneira de evitar alergias, é exatamente evitando o agente causador da alergia. Além disso, sempre arejar o ambiente, utilizar plásticos nos colchões e travesseiros, evitar cortinas de tecido, passar um pano úmido no chão com frequência, trocar os lençóis pelo menos de duas em duas semanas, evitar alimentos com corantes e conservantes, etc. Para casos extremos, existem tratamentos com vacinas imunológicas que podem ser receitadas por um médico.