Medicamentos

Saiba quais os emagrecedores proibidos pela Anvisa e por que

Por Redação Doutíssima 06/12/2013

O ministério da saúde divulgou dados um pouco assustadores.Em média 47% da população adulta brasileira está acima do peso e 15% é obesa.Se esses números forem mantidos,em 13 anos o Brasil deverá alcançar os números registrado nos Estados Unidos de obesidade.Esta situação só estimula a busca por ajudas no emagrecimento e consequentemente pelos produtos de combate a obesidade.As drogas apresentam propostas maravilhosas de emagrecimento aos pacientes,mas é aí que mora o perigo,as promessas mais mágicas acabam trazendo também os maiores riscos.

remédios-emagrecedores

No passado eram vendidos 3 tipos de produtos emagrecedores que foram muito usados pelos médicos no tratamento da obesidade,o mazindol,o femproporex e anfepramona ,estes que foram proibidos pela Anvisa.Esses três medicamentos fazem parte do grupo denominadores inibidores de apetite do tipo anfetamínico.

Motivos

Segundo o Dr. Daniel Gianella,endocrinologista do Departamento de Hepatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo,em uma conversa com o Dr. Drauzio Varella,os medicamentos foram proibidos não só por motivos de efeitos colaterais e eficiência,mas também por motivos de abuso na utilização.A venda indiscriminada dos remédios acaba desencadeando o consumo de maneira incorreta,fora do propósito do remédio.Como por exemplo motoristas de caminhões que conseguem fácil acesso à estes remédios em ambientes marginais,já demonstraram quantias absurdas de consumo desses emagrecedores em um período muito curto.Chegam a tomar até 7 comprimidos em uma noite.

O endocrinologista afirma que a outra maior razão são os efeitos colaterais proporcionados,que são muitos.Mas que são efeitos colaterais contornáveis,que ainda é possível fazer o tratamento apesar desses efeitos.Uma das piores consequências era a indução de uma doença psiquiátrica.Nos pacientes com uma propensão maior,mais vulneráveis às doenças psiquiátricas,os remédios emagrecedores induziam surtos nestes pacientes.Ele diz que os clínicos,endocrinologistas acabam não tendo muito esta visão do medicamento,mas os psiquiatras que tem um maior contato conseguem enxergar bem estes efeitos proporcionados.

Sibutramina

A nova norma da Anvisa também inclui novas restrições para os medicamentos a base de sibutramina.A decisão foi de manter o medicamento no mercado mas com inclusão de novas exigências e mais restrições no uso do produto.Uma das normas que foi estabelecida é a descontinuidade do uso da sibutramina em pacientes que não apresentam mudanças,melhoras no tratamento em após 4 semana de uso.

Para o diretor-presidente,Dirceu Barbano,o debate que levou a estas decisões foi muito produtivo e ajudou a clarear os dados e as lacunas de discussões sobre esses remédios ,“A diretoria da Anvisa entendeu que a sibutramina pode ser utilizada em determinadas situações e com um monitoramento rigoroso”,afirmou Barbano.