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Uso de descongestionante nasal na gravidez exige cuidados

Por Redação Fortíssima 11/04/2016

Nariz entupido é indício de gripe ou resfriado? Pelo menos na gravidez, isso nem sempre é verdade. Devido aos altos níveis de estrogênio no corpo durante o período, estima-se que cerca de 30% das gestantes fiquem com as narinas congestionadas. Mas nem sempre utilizar um descongestionante nasal é a melhor solução.

Muitas mulheres começam a ficar com o nariz entupido já no segundo mês da gravidez, principalmente as que já possuem histórico de alergias. A boa notícia é que a condição, chamada de rinite alérgica gestacional, pode ser tratada. O uso de um descongestionante comum, porém, costuma ser contraindicado. Entenda o motivo.

descongestionante nasal

Rinite gestacional é comum desde o segundo mês de gravidez. Foto: iStock, Getty Images

Descongestionante nasal na gravidez: tome cuidado

Os principais sintomas da rinite gestacional são o prurido nasal intenso, a coriza aquosa abundante e a obstrução nasal. Por trás desse quadro estão os hormônios, que tornam as mucosas do nariz mais inchadas e levam à produção de mais muco.

Como há maior volume de sangue na gravidez, as veias do nariz também incham, favorecendo o problema. Geralmente, diante de qualquer sinal de gripe ou rinite, recorremos aos descongestionantes nasais. Mas é preciso ter muito cuidado com esses medicamentos.

Ao proporcionar alívio imediato, eles podem viciar as mucosas. É por isso que muitas pessoas abusam das gotas vasoconstritoras nasais. O uso exagerado, porém, vem acompanhado de consequências.

Apesar de aliviar momentaneamente o incômodo, as gotas têm efeito lesivo sobre a mucosa, o que posteriormente acaba prejudicando ainda mais a obstrução nasal preexistente. Além disso, por conter substâncias vasoconstritoras, o abuso pode gerar problemas ainda mais graves.

Nafazolina, fenoxazolina e oximetazolina são algumas das substâncias presentes na composição desses medicamentos. Elas fazem os vasos sanguíneos se contraírem e, por isso, já são proibidas para pessoas cardíacas e hipertensas. No caso do uso constante, qualquer pessoa pode ter complicações.

Graves problemas de saúde, como taquicardia, elevação da pressão arterial e dependência podem ocorrer em função do excesso de substâncias vasoconstritoras. Por isso, as grávidas precisam ter ainda mais atenção. Consultar o médico antes de tomar qualquer medicamento é importante no período da gestação.

Vale lembrar ainda que se a congestão nasal vier acompanhada de febre, dor de cabeça e muco esverdeado, o problema pode ser mesmo uma infecção bacteriana e não a rinite. Neste caso, é igualmente importante marcar uma consulta. Dependendo do caso, pode ser necessário o uso de antibióticos, para evitar que as toxinas afetem o bebê.

Dicas para aliviar a congestão nasal

A principal recomendação dos especialistas para o alívio da congestão nasal na gravidez é substituir o descongestionante pelo soro fisiológico. A dica é lavar o nariz com a solução salina a 0,9%, que pode ser encontrada em qualquer farmácia, com auxílio de uma seringa sem agulhas. Basta virar a cabeça para trás e injetar o soro três vezes ao dia.

Há ainda outros cuidados que podem auxiliar na desobstrução das vias nasais:

  • Beba bastante água
  • Tome um banho quente e aproveite o vapor para assoar e lavar bem o nariz
  • Durma com a cabeça elevada, colocando um travesseiro a mais por baixo do seu
  • Evite ambientes em que há fatores que irritam a flora nasal, como poeira, fumaça de cigarro, tinta e vapores químicos.

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