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Pressão arterial pode estar associada ao mal de Alzheimer

Por Redação Doutíssima 03/01/2014

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Manter a pressão arterial sob controle está no topo da lista de prioridades para muitas pessoas mais velhas, principalmente porque a pressão arterial tende a aumentar com a idade. E a pressão arterial fora de controle pode sinalizar um sério problema de saúde.

Pessoas de meia-idade com pressão alta estão mais propensas e apresentar líquido espinhal contendo moléculas que estão ligadas com a doença de Alzheimer do que aquelas com pressão baixa, de acordo com um novo estudo.

Pressão arterial pode estar associada ao mal de Alzheimer

No entanto, nenhum desses  participantes do estudo com idades entre 55 a 70 anos  apresentou sintomas da doença de Alzheimer.

A doença de Alzheimer é a causa mais comum de perda de memória grave e prematura.

Daniel Nation, PhD, pesquisador na Veterans Administration (VA) San Diego Healthcare System na Califórnia, foi o principal autor deste estudo.

O estudo envolveu 177 participantes com idades entre 55 a 100 anos, que haviam sido tratados no University of California San Diego Alzheimer’s Disease Research Center, University of Washington ou Oregon Health and Sciences University.

Os pesquisadores mediram a pressão arterial do pulso de cada participante, subtraindo o número mais alto de sua pressão arterial padrão do número mais baixo. A pressão arterial aumenta com a idade e é uma maneira de determinar a idade e saúde dos vasos sanguíneos do corpo. O líquido espinhal também foi retirado dos participantes do estudo.

Além de não apresentar sintomas de Alzheimer, nenhum participante do estudo já teve acidente vascular cerebral. Alguns derrames acontecem quando os vasos sanguíneos obstruídos pelo colesterol causam picos de pressão.

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Estudos anteriores, escreveram esses pesquisadores, associaram a pressão alta à perda de memória relacionada ao Alzheimer − também conhecida como demência − mesmo em pacientes com mais de 75 que não tinham tido acidente vascular cerebral e não apresentavam pressão arterial elevada.

Essa foi uma das razões pelas quais eles começaram a sua própria investigação envolvendo os 177 participantes do estudo.

O que esses pesquisadores concluíram é que os participantes desse estudo, com idades entre 55 e 70 anos, tinham níveis elevados de amino ácidos e proteínas encontrados em lesões cerebrais descobertas durante a autópsia de pacientes com Alzheimer que morreram. Os mesmos níveis elevados e lesões não foram encontrados nos participantes do estudo que tinham mais de 70 anos.

“Isso é coerente com os resultados que indicam que a pressão arterial elevada na meia-idade é um melhor prognosticador de problemas posteriores com a memória e habilidades de pensamento e perda de células cerebrais do que a pressão arterial elevada na velhice”, afirmou o Dr. Nation.

“Estes resultados sugerem que as pressões envolvidas na circulação do sangue podem ser relacionadas com o desenvolvimento dos [principais] sinais da doença de Alzheimer que causam a perda de neurônios”, disse ele.

Esse estudo foi publicado online em novembro de 2013 na Neurology.

A Alzheimer’s Association, National Institutes of Health, University of Washington and Oregon Health Sciences University financiaram esse estudo.