É o cliché mais antigo do mundo ocidental: as mulheres amam roupas. De acordo com um levantamento no Estados Unidos, os gastos dos consumidores de 2007, a despesa média do agregado familiar para mulheres e meninas chegou a 749 dólares, em comparação com apenas 435 dólares para homens e meninos. E, como uma pesquisa do Daily Mail descobriu há quatro anos, as mulheres gastam um tempo enorme de 8 anos e meio de suas vidas fazendo compras, grande parte desse tempo em lojas de roupas. Mas por que as mulheres dedicam tantos recursos ao seu guarda-roupa?
Não é preciso ficar na dúvida mais, a resposta, ao que parece, são os hormônios ( o que mais poderia ser?). Um novo estudo da Carlson School of Management da Universidade de Minnesota chamado “A ovulação, competição feminina, e escolha do produto: influências hormonais sobre o comportamento do consumidor”, a ser publicado em breve no Journal of Consumer Research, sugere que as mulheres que ovulam são muito mais propensas a gastar dinheiro em roupas sexy do que as mulheres em um ponto diferente no seu ciclo mensal. Os pesquisadores selecionaram um grupo de mulheres ovulando e pediu-lhes para olhar para uma série de mulheres bem vestidas vivendo nas proximidades. Em seguida, eles pediram-lhe para escolher roupas e acessórios que elas gostariam de comprar. A maioria das mulheres escolheram produtos mais sexy do que o outro grupo analisado de mulheres ovulando, que tinham visto fotografias de mulheres simples ou de mulheres atraentes, que vivem a mais de 1.000 kilômetros de distância delas. Um outro grupo de mulheres que não estavam ovulando permaneceram completamente não influenciadas pelas imagens.
A implicação, segundo os pesquisadores, é que as mulheres não compram roupas sexy – além de sapatos, cosméticos, suplementos de saúde e um mundo de outros produtos – para atrair os homens diretamente, mas sim para atacar as rivais do do mesmo sexo. Kristina Durante, uma estudante de pós – doutorado, diz em um comunicado de imprensa da sua universidade que “se você aparentar mais desejável do que a sua concorrência, estará mais propensa a se destacar” na competição por parceiros masculinos desejáveis. “A fim de atrair um parceiro desejável, uma mulher precisa avaliar a atratividade de outras mulheres em seu ambiente local para determinar o quão atraente ela precisa estar para conseguir um bom homem.”
As implicações para as indústrias de moda e cosméticos são enormes, o determinismo biológico, mais uma vez torna-se a palavra de ordem para o futuro. Afinal, “são cerca de cinco a seis dias por mês, que as mulheres ovulam normalmente – constituindo mais de um bilhão de consumidores -e podem estar especialmente propensas a comprar produtos e serviços que melhoram a aparência física”, diz Durante. Claramente, uma vez que especialistas em marketing encontrarem a maneira de tocar diretamente este potencial, vão revolucionar a profissão. A publicidade tem potencial para se tornal não apenas viral, mas também hormonal.
