Saúde Mental

Descubra 4 maneiras de promover a aceitação corporal

Por Redação Doutíssima 07/07/2015

Basta abrir uma revista de moda e elas estão lá: modelos perfeitas, donas de curvas invejáveis e magras. Para algumas pessoas, diante dessa pressão cada vez mais intensa da mídia, a aceitação corporal se traduz em uma luta constante e pode ter consequências tristes quando a autoestima começa a ser atingida.

 

Problemas de aceitação corporal

Com uma autoestima baixa, a pessoa procura modelos de aceitação social e busca corresponder a eles, imaginando que possa ser bem vista, ser aceita e valorizada, pois tenta corresponder a um padrão que a mídia dita como aceitável.

 

“Ou seja, ela cria um simulacro de si mesma. Na medida que esta pessoa se defronta com o fato que de, por mais que se esforce, jamais vai atingir o padrão não humano do photoshop, ocorre  a frustração, pois crê que não é boa o suficiente para estar supostamente bem na sociedade”, afirma a psicóloga Denise Quaresma da Silva.

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Muitas pessoas sofrem por não se encaixarem no padrão estético ditado pela mídia. Foto: iStock, Getty Images

Ainda conforme Denise, que também é pesquisadora da Universidade Feevale no programa de Pós-graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social, problemas em aceitar a própria imagem atingem igualmente homens e mulheres.

A aceitação do corpo é um problema também para quem se julga “magro demais” diante da oferta, e da exigência social, de corpos perfeitos. Conforme Denise, há pessoas de ambos os sexos que buscam um padrão de beleza inatingível para seu biotipo, por isso, aquém ou além desses padrões se sentem mal consigo mesmas.

“Adolescentes e adultos jovens são mais suscetíveis ao consumo, estão em fase de construção da identidade”, diz Denise. Dessa forma, o “eu” está melhor estruturado e pode-se correr o risco com mais tranquilidade de não ser aceito.

Trabalhos específicos podem ser feitos por meio de psicoterapia para auxiliar pessoas que têm problemas para se aceitar. Em casos de autoestima baixa, a terapia produz um resultado muito significativo em toda a vida do indivíduo, principalmente no processo para lidar consigo mesmo.

Segundo a psicóloga, quando a situação envolve transtornos dismórficos corporais, o tratamento psicológico, muitas vezes, precisa ser indicado por familiares, pois a pessoa não percebe sua patologia.

Essa condição é ilustrada por ela ao citar o caso do cantor Michael Jackson, que tinha uma dor imensa que nada curava ou amenizava, relacionada a si mesmo e a sua imagem. “Ele modificou-se completamente, recriando-se com cirurgias que jamais satisfizeram sua busca pela imagem perfeita de si mesmo”, completa.  

Em busca da aceitação do próprio corpo

Denise lista algumas dicas que podem ajudar a quem tem problemas quando se olha no espelho. Podem ser os primeiros passos na busca pela aceitação corporal e, consequentemente, de uma vida feliz.

 

1. Entenda quem você é

Olhe para o biotipo de seus pais, veja com quem você se identifica mais. Entenda que um coqueiro jamais vai frutificar bergamotas, mas que a cocada é excelente, e para fazê-la, o mundo necessita de cocos.

2. Cuide de si mesmo, seja generoso consigo

Toque seu corpo, faça exercícios físicos e ao dormir, massageie seus pés com um bom creme, pois eles lhe carregam o dia todo e, como você, merecem ser bem cuidados.

 

3. Cuide bem de sua alma, pois ela reflete no seu corpo

A aceitação que recebemos do grupo social, familiar e relacional está muito mais vinculada a quem somos na alma do que no corpo.

 

4. Ame as diferenças

Ame e permita-se ser amado por alguém na plenitude e  tranquilidade  que o amor comporta. Amar e ser amado é fundamental para nossa autoestima.

 

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