Muitas pessoas acreditam que o ato de mamar deitado pode causar problemas ao bebê. A principal colocação feita popularmente é que, nesta posição, o bebê acaba ficando mais suscetível a contrair otite, a inflamação no ouvido.
Mitos cercam ato de mamar deitado
No entanto, médicos divergem em relação à veracidade ou não sobre esse problema. Muitos pediatras são claros ao aconselhar que a grande questão não está em mamar deitado ou não, mas sim em procurar a posição que mãe e filho estejam confortáveis. Essa será a posição ideal.
A escolha por mamar deitado
O ato de mamar deitado ocorre, principalmente, quando as mães foram submetidas à cesariana, devido ao maior conforto que isso traz. Assim, quando a criança vai mamar, ela fica de frente para a mãe, barriga encostando em barriga.
O mito popular de que essa forma de amamentar prejudica o bebê, deixando-no mais vulnerável a infecções como a otite, cai por terra, visto que o mais importante nesse momento não é a posição da amamentação, mas sim priorizar ao máximo o período de aleitamento via seio materno.
A boca, o nariz e o ouvido do bebê ainda são retificados e, se ele é alimentado com leite artificial, que contém bactérias, a infecção acontece mais facilmente. O leite materno, ao contrário, dá mais proteção a essa mucosa, fazendo com que mamar deitado não seja um problema maior do que o de não dar o peito para a criança.
Amamentação confortável
Independentemente da posição que a mãe escolher para amamentar o bebê – deitada, sentada ou até mesmo em pé – o mais importante é que ela esteja relaxada, confortável e bem apoiada, sem se curvar para frente ou para trás.
Da mesma forma, é preciso garantir que o bebê esteja corretamente posicionado junto ao corpo da mãe, na altura da mama, com os quadris seguros e o pescoço levemente esticado. As mães devem ainda ter o cuidado de esvaziar um pouco a mama antes de dar de mamar, quando o seio estiver endurecido.
Se o peito estiver muito cheio, a boca do bebê escorrega e ele não consegue segurar o bico. Ao mamar deitado, pode haver uma maior sensação de firmeza por ambas as partes.
Para ter uma boa pega, a boca do bebê deve ser levada em direção ao mamilo, e não o contrário. A mãe deve posicionar o polegar acima da auréola e o indicador abaixo, formando um ‘C’.
Ao tirar a criança do peito, é bom usar a técnica conhecida popularmente como técnica do dedo mínimo, na qual a mãe coloca o dedo mínimo na boca da criança para enganá-la. Ela aceita trocar o bico do peito pelo dedinho e, assim, não puxa o mamilo da mãe com força. Quando o bebê largar a mama, os mamilos devem estar levemente alongados e redondos.
Uma amamentação feita da forma correta e com o posicionamento adequado para mãe e filho não dói. Pelo contrário, acaba sendo um momento de prazer para ambos. O que ocorre é que mãe e bebê precisam se conhecer e os benefícios irão depender muito mais do encaixe anatômico que ambos encontraram um no outro, do que de malefícios que a cultura popular dita.
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