A violência contra mulheres traz um dado alarmante: uma em cada três mulheres no mundo é vítima de violência física ou sexual cometida pelo seu parceiro, marido ou namorado. O dado é da Organização Mundial da Saúde, que ainda afirma que 7% das mulheres vão sofrer violência sexual em algum momento de suas vidas.
No Brasil, milhares de mulheres sofrem diariamente com a violência e abusos de seus companheiros, seja em forma de agressão verbal ou física. Para agravar esse quadro, a maioria delas tem medo e vergonha de denunciar os seus agressores.
Lei protege as mulheres
A Lei Maria da Penha foi criada para reduzir a violência contra mulheres, promovendo medidas de proteção às vítimas, como afastar o agressor do convívio familiar, e discutir a criação de um juizado de violência contra mulheres.
É considerada violência doméstica contra mulher qualquer ação que prejudique sua integridade física, sexual ou psicológica, e qualquer dano moral ou patrimonial.
Desde que foi promulgada a lei, em 2006, o número de denúncias de violência contra mulheres aumentou cerca de 600%. No entanto, isto não significa que tenha crescido os casos de violência doméstica, mas sim o aumento das notificações, na medida em que mais mulheres estariam se sentindo seguras para procurar ajuda.
O combate à violência contra mulheres também é reforçado no dia 30 de janeiro, quando é celebrado o Dia Internacional da Não Violência, em homenagem a Gandhi. Trata-se de uma iniciativa não-governamental e independente, no âmbito mais geral da educação para a paz, a solidariedade e o respeito pelos direitos humanos.
Por isso, hoje em dia, já há disponível diversos mecanismos para as mulheres se prevenir contra a violência doméstica e se protegerem contra abusos. A mulher, antes de ser vítima de qualquer tipo de abuso, deve, primeiramente, ter um código com seus filhos pequenos para avisar que está na hora de se buscar socorro ou sair de casa.
Além disto, guarde sempre com você os números de telefone de socorro e mantenha seu celular ao alcance da mão.
Tenha uma sacola de roupas separada para você e seus filhos na casa de algum parente ou amigo. A medida preventiva será eficaz caso necessite sair de casa às pressas. Também procure guardar, em algum local seguro, cópias de documentos, como certidões de nascimento e casamento, carteira de trabalho e documentos escolares.
Mantenha a chave do carro sempre em locais de fácil acesso. Habitue-se a deixá-lo sempre abastecido e posicionado de forma a facilitar a saída.
Violência contra mulheres: medidas de proteção
No caso de ser vítima de um ataque de violência, a mulher deve evitar locais como a cozinha e o banheiro, visto que nestes ambientes costumam haver objetos perigosos, como, por exemplo, facas e tesouras, e superfícies cortantes, além do espaço ser reduzido.
Também evite locais onde haja armas. Além disto, nunca tente usar alguma arma contra o agressor, pois elas podem facilmente se virar contra você.
Outra medida importante a ser evitada durante um ataque de violência é ir ao encontro de seus filhos, pois eles podem acabar sendo agredidos também. Se a agressão for inevitável, corra para algum canto e abaixe-se protegendo o rosto e mantendo os braços em volta de cada lado da cabeça, com os dedos entrelaçados.
Após o ataque, a mulher deve evitar fugir sem as crianças, pois elas poderão ser usadas como objetos de chantagem. Ao fugir, busque um lugar seguro perto de casa, onde possa ficar até conseguir ajuda, como uma igreja, escola, loja.
Violência contra mulheres: procure ajuda
Depois disto, a mulher deve procurar imediatamente uma Delegacia da Mulher, um centro de atendimento ou algum em que confie para denunciar o caso. Denúncias podem ser feitas para o telefone 180.
Caso apresente algum ferimento, procure um hospital ou posto de saúde e revele o que aconteceu. Se esconder que foi vítima de violência, ninguém poderá realmente ajudar.
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