Viver sozinho é um momento de conquista da autonomia, que certamente traz alegrias e também responsabilidades. Mas você sabia que nem tudo são flores e que até a sua saúde pode ser prejudicada pela solidão?
São vários os estudos publicados ao longo dos anos que associam a vida solitária ao surgimento de doenças cardiovasculares, assim como depressão e uma série de infecções.
Recentemente, estudo realizado pela Brigham Young University, nos Estados Unidos, mostrou que é preocupante o isolamento social. Os pesquisadores atribuíram a viver sozinho – e ter uma vida solitária – aspectos tão maléficos quanto a obesidade.
Mas o que significa viver sozinho? Em tempos em que a tecnologia se mostra como uma excelente opção para aproximar as pessoas, alguns indivíduos percebem a sua solidão de uma forma diferente. E isso ocorre por causa de alterações na funcionabilidade da parte pré-frontal do cérebro.
Com a ressonância magnética funcional, é possível avaliar as funções dessa área. Assim, pode-se ver que o isolamento social afeta uma parte do cérebro responsável pelas tomadas de decisões de maneira racional.
Isso ocorre devido a ansiedade que o isolamento e a solidão causam no indivíduo. O distúrbio interfere diretamente na qualidade do sono, causa fadiga e reduz a sensação de prazer associada a atividades recreativas.
O que dizem os cientistas sobre viver sozinho?
Segundo a autora do estudo, Julianne Holt-Lunstad, é necessário levar a sério os relacionamento interpessoais, principalmente aquelas pessoas que escolhem viver sozinhas. De acordo com a sua pesquisa, a chance das pessoas que vivem isoladas socialmente terem algum problema é 30% maior que as demais.
Com base em estudos da Universidade de Chicago, mesmo que os episódios de solidão sejam inevitáveis ao longo da vida humana, quando o isolamento persiste de uma forma crônica, os efeitos negativos podem atingir até mesmo o sistema imunológico.
Só existem desvantagens em viver sozinho?
Mas tenha calma. Viver sozinho não é sinônimo de estar vivendo em completa solidão. Morar sozinho representa conquistar a própria independência em relação aos pais e ao mundo que o cerca. O conceito de estar só vai desde estar cercado de pessoas e ainda se sentir sozinho, até o isolamento social de fato.
Sair de casa e morar fora do país para trabalhar ou estudar, por exemplo, são experiências válidas para crescer profissionalmente e de forma pessoal também. Porém, ter contato com amigos, e até mesmo procurar um psicólogo para tratar a solidão crônica, pode ser a chave para garantir uma velhice longa, tranquila e longe da depressão.
Viver sozinho é a oportunidade perfeita para desfrutar de sua liberdade e você passar a ditar as próprias regras de sua casa. Além, é claro, de assumir demais despesas que envolvem essa atitude.
Vivendo sozinho ou não, é essencial ficar atento a possíveis problemas de saúde que se manifestam de maneira silenciosa, como a depressão. Essa doença tem tratamento e merece toda a atenção e cuidado.
Além disso, em pessoas solitárias, os genes mais ativos são os responsáveis por inflamação. Por essa razão, essas pessoas se tornam mais suscetíveis a infecções virais.
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