Aprender como tratar a depressão é uma das melhores maneiras de ajudar alguém próximo que sofre com a doença. Seja auxiliando no processo de identificação e aceitação do distúrbio ou ao longo da recuperação, pessoas clinicamente depressivas precisam contar com o apoio de amigos e familiares.
Como tratar a depressão: o primeiro passo
Identificar que há algo de errado, seja em si mesmo ou em alguém próximo, já é o início de como tratar a depressão. O psiquiatra Fernando Schneider explica que normalmente é possível identificar um evento desencadeante da condição, ao menos na primeira crise, mas que a doença pode iniciar sem qualquer situação que a explique.
Outro ponto citado pelo profissional é o estigma com a depressão. “Talvez o maior mal seja o preconceito, que impede que a pessoa veja seu estado de ânimo como uma doença, e acuse-se de fraqueza. Muitas pessoas deprimidas passam anos sofrendo desnecessariamente em função disso” afirma.
Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2013 informa que, naquele ano, 7,6% da população brasileira com mais de 18 anos foi diagnosticada como clinicamente depressiva por um profissional da saúde. Em número de pessoas, esse montante se aproxima de 16 milhões de indivíduos com a doença.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que mais de 350 milhões de pessoas vivem com depressão em todo o mundo. A doença não tem idade nem gênero, pode acontecer com qualquer um, em qualquer momento da vida.
Os sintomas, de acordo com o psiquiatra, são tristeza, angústia, irritabilidade e outros. A alteração de humor é acompanhada pela variação do ânimo, do sono, do apetite e da capacidade de concentração.
Como tratar a depressão: maneiras
Schneider comenta que a doença não tem cura, costuma ser crônica ou acontecer em crises durante a vida, mas que existem inúmeras possibilidades de como tratar a depressão. “O tratamento mais eficaz é o combinado, em que a pessoa é acompanhada por um psicoterapeuta e faz uso de medicamentos”, recomenda.
Como o psiquiatra explica, há diversas apresentações de depressão, algumas pessoas são mais isoladas, outras mais agitadas e ansiosas, outras mais melancólicas. Da mesma maneira, para algumas pessoas, a doença é mais severa e, em outros casos, mais leve.
Sendo assim, as maneiras de tratar a depressão também variam. “Quadros mais leves eventualmente podem ser tratados através de técnicas específicas de psicoterapia, com bons resultados”, diz.
Os casos de depressão mais severa precisam ser tratados com medicação. Schneider ensina que existem diversos tipos de medicamentos que são indicados em casos da doença. A escolha cabe ao psiquiatra, que avalia as possibilidades a partir dos sintomas do paciente e do histórico familiar de tratamentos.
Infelizmente, segundo o psiquiatra, não existe exame capaz de identificar qual medicamento vai ter efeito positivo ao tratar a depressão. “A eficácia é avaliada através do uso e do acompanhamento de resultados”, complementa.
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