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Momentos que traduziram o espírito olímpico na Rio 2016

Por Tatiana Barros 21/08/2016

A olimpíada do Rio termina hoje e o que não faltaram nestas duas semanas foram momentos que iremos lembrar para sempre. E muitas vezes, não são apenas as vitórias que marcam quando se trata de olimpíadas e isso é o que faz dos jogos o maior evento da terra. Nesta edição, tivemos situações que traduzem o verdadeiro espírito olímpico, transmitindo a mensagem de que há valores muito mais caros do que uma medalha de ouro.

Espírito olímpico acima de qualquer medalha (Foto: Instagram Estadão)O espírito olímpico na Rio 2016

É evidente que o pódio é o objetivo principal de qualquer atleta que compete em uma Olimpíada. Mas desde seu início na Grécia, a competição mostra que também se trata de paz e harmonia, tendo o poder de interromper até mesmo guerras. E milhares de anos depois, o que vemos são demonstrações que provam que o verdadeiro espírito olímpico continua vivo.

Espírito olímpico é….

Ajudar a adversária a se levantar

 

Na primeira eliminatória da prova de 5000 m, as corredoras Abey D’Agostino, dos Estados Unidos, e Nikki Hamblin, da Nova Zelândia, tropeçaram uma na outra e caíram na pista, inclusive se machucando. No entanto, a atleta neozelandesa voltou para ajudar a adversária americana a se levantar, dizendo: “Levante! Levante! Temos de terminar”. As duas conseguiram completa a prova, chegando nas 15ª e 16ª posições. Diante dessa atitude que traduz o espírito olímpico, o Comitê decidiu classificar as duas para a final da competição.

Deixar de lado qualquer rivalidade política


Uma selfie que poderia ser como tantas outras tiradas entre os atletas durante a Olimpíada, mas que carrega tantos significados. Assim foi a foto tirada pelas ginastas Hong Un-jong e Lee Eun-ju. Isso porque uma é da Coréia do Norte e a outra da Coréia do Sul, países que são inimigos declarados. As duas ignoraram conflitos políticos e registraram esse momento fofo.

Ultrapassar seus limites físicos

Uma cena marcou a prova dos da marcha atlética. O francês Yohann Diniz começou a disputa dos 50km com dores estomacais, mas ainda assim decidiu disputar a prova. Yohann, que é o atual recordista mundial e liderava a prova naquele momento, chegou a “aliviar-se” enquanto corria, e mesmo assim, não desistiu e ainda conseguiu chegar em sétimo lugar.

Mostrar que vestimentas não definem talento

 estadao.com.br ?? #Rio2016 #estadao Foto: Lucy Nicholson/Reuters.

Uma foto publicada por Estadão (@estadao) em


Na partida de vôlei de praia entre Egito e Alemanha, o que mais chamou a atenção foi o contraste entre a vestimenta da dupla egípcia, que se cobriu por completo, e a alemã, que estava com o já característico biquíni. Prova de que diferenças culturais são tornam os jogos ainda mais belos.

Se emocionar com o bronze

A jogadora de vôlei americana Kerri Walsh é uma das grandes vencedoras olímpicas, com três medalhas de ouro. Ela, que nunca havia sido derrotada nas areias em Olimpíadas, perdeu para a dupla brasileira Ágatha e Bárbara Seixas na semifinal. Ao disputar o bronze, venceu as também brasileiras Talita e Larissa e comemorou como se fosse ouro. Chorou e fez questão de cumprimentar cada um dos voluntários que ajudavam na manutenção da quadra. O público presente reconheceu o gesto, aplaudiu e viu uma vencedora mostrar que é campeã em vários sentidos, independentemente da cor da medalha.

Momentos como esses e tantos outros fizeram dessa uma edição histórica das Olimpíadas. Já estamos com saudades, mas torcendo para que o espírito olímpico permaneça sempre!