Atualmente, tem aumentado consideravelmente o índice de adoecimento mental na nossa sociedade, chamando a atenção especialmente o número de crianças e adolescentes sofrendo deste mal. E muito desse problema se deve por uma preocupação excessiva que, em níveis mais graves, podem levar à ansiedade e a outras doenças.
Quando a preocupação se torna uma doença?
As preocupações podem ser consideradas patológicas quando:
• Parecem surgir do nada
• São incontroláveis
• Geram um processo constante de ansiedade
• São avessas à razão
• Prendem a pessoa em uma única e inflexível visão a respeito daquilo que o preocupa.
Quando esse ciclo se intensifica e persiste, ele atinge o limite de “seqüestros” neurais completos e gera as perturbações da ansiedade, como fobias, obsessões, compulsões ou ataques de pânico.
Em cada uma dessas perturbações, a preocupação se fixa de um modo distinto: para o fóbico, as ansiedades giram em torno de uma situação temida; para o obsessivo, fixa-se em prevenir alguma temida calamidade; nos ataques de pânico, a preocupação se concentra num “medo de morrer” ou na perspectiva de ter o “próprio” ataque em seus mais diversos sintomas (como palpitação, taquicardia, falta de ar, vertigens, etc).
Segundo o psicólogo Thomas Borkovec constatou em suas pesquisas, o principal problema de quem sofre de insônia não é os sintomas somáticos, visto que o que os mantinham acordados eram os “pensamentos intrusos”. Os analisados eram preocupados crônicos, que não podiam parar de preocupar-se, por mais sono que tivessem. A grande maioria desses pensamentos sequer tinham a menor possibilidade de acontecer.
Berkovec descobriu alguns passos simples que podem ajudar mesmo o preocupado crônico a controlar o hábito. O primeiro passo é a autoconsciência, pegando os episódios preocupantes o mais perto do início possível. As pessoas aprendem métodos de relaxamento que podem aplicar nos momentos em que reconhecem o início da preocupação. Os preocupados também precisam contestar ativamente os “pensamentos preocupantes”. De modo contrário, a preocupação continuará dominando o cenário mental. Assim, o passo seguinte é assumir uma posição crítica em relação às suas suposições.
Como tratar a preocupação excessiva
Para pessoas com casos tão severos que se tornaram fobia, distúrbio obsessivo-compulsivo ou de pânico, talvez seja necessário recorrer à medicação para interromper o ciclo. Mas mais do que isso, é essencial controlar os circuitos emocionais por meio de psicoterapia. Além de ajudar a lidar com esse problema, as sessões ajudam a reduzir a probabilidade de que os problemas de ansiedade retornem quando se parar a medicação.
E você anda muito preocupado? Saiba que uma boa psicoterapia pode lhe ensinar estratégias e mecanismos mais saudáveis para lidar com suas preocupações. Afinal de contas, em tempos como estes, nada melhor do que conservar uma mente leve e tranquila. Para saber mais sobre bem-estar e psicologia, não deixe de acompanhar o Doutíssima!
Por: Maura Cecília Gonçalves Albano
Psicóloga CRP04/20986/ Psicopedagoga/ Neuropsicóloga