Saúde

Casos de psicose precisam de acompanhamento psiquiátrico

Por Redação Doutíssima 11/12/2014

A psicose é uma condição em que a mente humana não é capaz de desassociar o real da imaginação. É uma doença mental na qual a pessoa tem dificuldade de relacionamento com as pessoas à sua volta, criando fantasias e assim podendo gerar conflitos, descontrole emocional, agitação e também agressividade.

 

Todos esses sintomas são possíveis de interpretação já na origem da palavra que vem do grego. Psychosis na língua de Platão significa condição anormal da mente. Como toda doença mental, exige tratamento e abordagem adequados.

psicose

Doença pode estar associada a outros distúrbios mentais. Foto: iStock, Getty Images

Os sintomas mais comuns da psicose são os delírios fora de contexto e da realidade social; alucinações tidas como reais e seguidas de sensações auditivas, visuais, gustativas, olfativas e táteis; comportamentos considerados estranhos como vasculhar lojas em busca de algo que só ele sabe, são sinais claros do distúrbio.

 

Outros sintomas claros da doença são: se esconder dentro de armários ou embaixo da cama, ou ainda andar com as mãos batendo na cabeça para que algo saia de mente; isolamento social; alterações de personalidade e de humor; e desorganização completa.

 

O conjunto de sintomas descritos acima, reforçam sua característica de doença de desordem mental. Ela também pode estar presente em outras doenças de ordem mental, como na esquizofrenia – é a psicose endógena, ou seja, cuja causa é desconhecida, mais comum e que atinge em sua maioria homens e é desencadeada ainda na adolescência.

 

Acontece também na depressão, em casos onde vozes dizem ao paciente que ele é um completo fracasso; no transtorno bipolar, sendo manifestada tanto na euforia quanto nos momentos depressivos.

 

A abstinência de álcool também pode ser associada à psicose da mesma forma que a demência; as doenças neurológicas, a epilepsia; e também em casos de abuso de drogas como crack, cocaína, metanfetamina, heroína, entre outras substâncias de forte poder químico.  

 

Tratamento da psicose

 

Uma das principais dificuldades enfrentadas no tratamento dos pacientes com este diagnóstico é o não reconhecimento de que estão doentes. É comum relatos de que sabem o que estão fazendo e que as vozes os contam que os médicos são pessoas que irão fazer mal a eles. O risco de suicídio também é muito alto em pessoas com esse quadro clínico.

 

Superada a etapa da rejeição, o tratamento foca em descartar qualquer causa orgânica da psicose. Exames de imagem, como eletroencefalograma, podem ser pedidos para auxiliar do diagnóstico.

 

O uso de medicamentos anti-psicóticos, terapia psicossocial do paciente e da própria família, terapia comportamental cognitiva e educação sobre a doença também são usados na recuperação do paciente.

 

É importante que a família saiba que cada caso deve ser avaliado individualmente e que somente medicamentos não garantem a eficácia do tratamento nem a cura do paciente.

 

Tipos de psicose

 

1. Psicose delirante crônica

 

Também conhecida como paranoia, ela se caracteriza por delírios constantes, bizarros ou não, que persistem por mais de um mês. A psicose delirante crônica também pode ser subclassificada em tipos, como erotomaníaco, grandeza, ciúmes, persecutório e somático.

 

2. Psicose maníaco-depressiva

 

Pode acontecer em qualquer idade e é mais comum em mulheres. Esse tipo de psicose também é chamado de loucura cíclica devido à alternância entre mania e depressão.

 

 

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