Gestante

Cuidados simples ajudam a evitar a pressão alta na gravidez

Por Redação Doutíssima 29/07/2015

A hipertensão arterial não é boa para ninguém, mas a pressão alta na gravidez é um problema ainda mais delicado, pois oferece riscos para a mãe e para o bebê. Hábitos saudáveis antes mesmo de engravidar ajudam a chegar nesse momento sem maiores restrições, com a vida já adaptada.

 

É importante saber que os riscos da hipertensão na gravidez são altos, mas os cuidados são simples. Ao constatar o problema, o monitoramento da pressão arterial e o acompanhamento médico são imprescindíveis.

pressao alta na gravidez

A pressão alta na gestação deve ter acompanhamento médico para não afetar a saúde. Foto: iStock, Getty Images

 

Pressão alta na gravidez

De acordo com Domingos Mantelli, médico obstetra e ginecologista, a pressão alta na gravidez é causada pela presença da placenta, que promove uma alteração nos vasos sanguíneos e, assim, a pressão se eleva, principalmente no 2º e 3º trimestre da gestação. “Às vezes, a grávida já pode ser hipertensa, e essa pressão somente se agravar na gestação”, explica.

Entre os sintomas de pressão alta na gravidez, estão as dores de cabeça, principalmente atrás da nuca, e dor na boca do estômago. “A mulher também pode visualizar pontinhos luminosos, chamados de escotomas, ter náuseas, vômitos e inchaços no corpo, principalmente na face e nos membros inferiores”, diz o médico.

A pressão alta na gravidez deve ser monitorada de perto, por isso o pré-natal deve ter intervalo de tempo menor que um mês e é necessário realizar os exames de sangue que o médico solicitar, como o que verifica a presença de proteínas na urina. Caso apresente algum dos sintomas citados, avise o médico imediatamente.

Riscos e tratamento da pressão alta na gravidez

Os riscos do problema são muito grandes. A pressão alta na gravidez é a doença que mais mata gestantes no mundo inteiro. Por isso, para evitar surpresas com a sua saúde, o pré-natal e a realização de exames desde o início da gestação são tão importantes.

Os principais riscos para a mãe são o AVC, o Acidente Vascular Cerebral, e o descolamento prematuro de placenta, bem como sangramento. “Isso pode levar o bebê a óbito e também ocorrer uma patologia relacionada à coagulação intravascular”, explica Mantelli.

O médico lembra que outras complicações são a pré-eclâmpsia e a eclâmpsia. Nesses casos, além da pressão alta, a mulher tem sintomas de convulsão, podendo levar à morte.

“A pré-eclâmpsia e a eclâmpsia podem causar a Síndrome Hellp, que soma ao quadro a ruptura do fígado da mulher, queda das plaquetas, hemólise e alteração das enzimas hepáticas do fígado”, relata.

Se a pressão estiver descontrolada, o tratamento é o parto. Muitas vezes é necessário antecipá-lo, porém existem maneiras de controlar o problema com medicamentos. Alimentação saudável e atividade física, desde que moderada, também são excelentes alternativas.

Antes de iniciar uma atividade física, especialmente em casos em que o quadro já é acompanhado pelo médico, converse com o profissional sobre sua escolha. Se a dieta ainda não estiver em dia, esse é o momento de procurar um nutricionista para adequar um plano alimentar às suas necessidades.

 

Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão DoutíssimaClique aqui para se cadastrar!