Talvez você já tenha ouvido falar no adesivo anticoncepcional. Semelhante à pilula, ele fornece hormônios que ajudam a prevenir a gravidez. O diferencial é que, ao invés da via oral, eles são absorvidos através da pele, chegando diretamente à corrente sanguínea. Comercializados com o nome de “Evra”, os adesivos devem ser colocados na pele apenas uma vez na semana.
Adesivo anticoncepcional: vantagens e desvantagens
Em relação à eficácia, o adesivo anticoncepcional garante a mesma proteção oferecida pela pílula: cerca de 99%. Por isso, ao escolher entre um e outro, você deve considerar a qual método contraceptivo se adapta melhor.
Uma das vantagens do adesivo em relação à pílula, é que ele só precisa ser trocado a cada semana, a partir do momento da menstruação. Assim, se você costuma esquecer de tomar a pílula anticoncepcional, o adesivo surge como opção para que não fique desprotegida.
Afinal, para manter o nível de eficácia, a pílula precisa ser tomada diariamente, por volta do mesmo horário. O adesivo anticoncepcional, por sua vez, é basicamente a pílula com administração transdérmica, com a vantagem de estar em contato direto com a pele. Assim, não há como esquecer.
Outro ponto positivo em relação ao adesivo anticoncepcional é que os níveis de progesterona e estrogênio fornecidos por ele permanecem na corrente sanguínea apenas durante o mês em que for utilizado. Ao fim da aplicação, a mulher retoma imediatamente a fertilidade e pode engravidar.
O adesivo, entretanto, pode surtir efeitos negativos em algumas mulheres. Há quem não consiga se adaptar ao método, devido à sensação de incômodo, ou até mesmo pela manifestação de efeitos colaterais que podem ocorrer: como dores de cabeça, desconforto abdominal ou cólica.
O preço também pode ser um fator determinante na escolha entre a pílula ou o adesivo. O primeiro método contraceptivo costuma ser disponibilizado em versões mais baratas, custando entre 35 e 40 reais. Já o adesivo pode custar até 70 reais.
Aprenda a usar o adesivo anticoncepcional
O adesivo anticoncepcional é de fácil utilização. No primeiro dia da menstruação, ele deve ser colado na pele. É importante fixá-lo em uma área limpa e seca, onde não haja muitos pelos. A face externa do braço, o abdômen, a coxa, o tronco ou a nádega são locais indicados.
Conforme o Consenso sobre contracepção da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), realizado em 2011, o adesivo deve ser substituído uma vez por semana, durante três semanas.
Na quarta semana, é realizada uma pausa, que é quando a menstruação ocorre. Após sete dias de pausa, caso a mulher queira continuar utilizando o método contraceptivo, é necessário colar um novo adesivo.
O patch conta com uma boa capacidade de aderência e, dificilmente, sai de forma espontânea da pele. Ele fica bem fixado, mesmo no banho. A adesão não é afetada por fatores externos, como umidade ou calor.
É comum que, ao iniciar a utilização do adesivo, ocorram sangramentos de escape. Mas não se preocupe, pois essa é uma reação natural do organismo. Após a leitura desse artigo, se você ainda estiver em dúvida sobre qual é o método ideal para você, é sempre bom recorrer à opinião do ginecologista, que poderá avaliar o seu caso em particular.
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