Clínica Geral

O que é e como tratar a lepra

Por Redação Doutíssima 04/09/2013

A doença popularmente conhecida como lepra deixou de ser chamada por esse nome sendo mais comumente chamada hanseníase ou mal de Hansen (em menção ao descobridor do microrganismo causador da doença, Gerhard Hansen). Esta é uma doença infecciosa, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae que afeta os nervos e a pele, provocando danos severos. Inicialmente a hanseníase aparece na pele em forma de manchas brancas como de micoses, e aos poucos há uma evolução do quadro. Na região da mancha ocorre a perda da sensibilidade térmica, perda dos pelos e ausência de transpiração, já que as glândulas sudoríparas deixam de funcionar normalmente.

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Na antiguidade, os portadores de lepra eram excluídos da sociedade para evitar que contagiassem a outros. Hoje já se sabe que 90% da população tem resistência ao bacilo de Hansen, isto é, mesmo contaminados não desenvolverão a doença. A lepra é transmitida pelo ar. O bacilo é eliminado pelo aparelho respiratório da pessoa doente durante o ato de falar, espirrar ou tossir. A contaminação se faz por via respiratória, pelas secreções nasais ou pela saliva. A incubação é excepcionalmente longa (vários anos), o que explica a doença se desenvolver mais comumente em adultos.

Em caso de suspeita da doença, deve-se consultar um dermatologista. A doença pode ser diagnosticada através da biópsia do tecido afetado após a atenta observação da história clínica e do exame clínico-visual do paciente.

 

Tratamento da lepra

 

Atualmente, existem programas de saúde pública para que a hanseníase seja diagnosticada precocemente, podendo ser tratada e até mesmo curada sem causar grandes comprometimentos à saúde do indivíduo. A evolução do tratamento se dá com o uso conciliado de antibióticos, basicamente a dapsona, a rifampicina e a clofazimina. Para erradicar a bactéria o tratamento deve ser mantido durante um longo tempo, podendo durar de 6 meses a 24 meses. Apesar de não mortal, a lepra pode acarretar invalidez severa ou permanente se não for tratada a tempo. O tratamento comporta diversos antibióticos, a fim de evitar selecionar as bactérias resistentes do germe.  Durante o tratamento, o paciente apresenta menores risco de contaminar a outros.

 

Fonte: Dráuzio Varella, Tua saúde, jornal livre.