Saúde Mental

Entenda a relação entre o divórcio e desenvolvimento social das crianças

Por Redação Doutíssima 16/12/2013

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Todos os filhos de pais divorciados são afetados de alguma forma, mesmo quando o divórcio põe fim a um casamento abusivo. Contudo, não há uma maneira de determinar como as crianças teriam sido afetadas se o casamento não tivesse terminado. As pesquisas sobre o assunto nem sempre estão de acordo sobre os efeitos do divórcio no desenvolvimento da criança.

 

Efeitos negativos no desenvolvimento dos pequenos

  • Segundo um estudo de 2011 publicado no “American Sociological Review”, os efeitos negativos nas crianças geralmente começam quando começa o processo de divórcio. Tristeza, solidão, ansiedade, problemas de comportamento e diminuição da autoestima costumam acompanhar o andamento do processo. As crianças do estudo ficaram atrás dos colegas de classe de famílias intactas em matemática e habilidades sociais interpessoais. O estudo constatou que, antes do divórcio, os efeitos negativos dos conflitos conjugais não eram tão evidentes quanto depois que os procedimentos começaram. Quando o divórcio foi finalizado, os problemas não pioraram nem melhoraram. As causas desses problemas são muitas. Se o pai que tem a guarda da criança se muda, ela se sente desconectada de seu ambiente. O genitor guardião também pode ter perda de renda, o que onera ainda mais a família. A preocupação com os conflitos conjugais pode distrair a atenção da criança na escola. Se as crianças ficam defasadas na escola e socialmente durante o processo de divórcio, elas podem não ser capazes de se recuperar. Os problemas se avolumam, levando à perda de motivação e de autoestima.
  • O fato de as crianças serem o objeto dos problemas relativos ao divórcio pode contribuir para a ansiedade que elas sentem. Brigas sobre custódia e sustento, bem como regimes de visitação conturbados, podem ser a fonte dos sentimentos de culpa, confusão e depressão. As crianças mais novas, principalmente, podem internalizar os sentimentos de culpa, acreditando que de alguma forma foram responsáveis pela separação dos pais.

 

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Sentimentos de culpa

Problemas de comportamento

  • Do ponto de vista social, é provável que as crianças apresentem problemas de comportamento, tornando-se mais agressivas. Elas podem ter dificuldade de fazer e manter amigos. Filhos adolescentes de pais divorciados podem começar a praticar atividade sexual inapropriada ou promíscua e partir para a delinquência. Quando adultos, podem ter dificuldade de manter longos relacionamentos com o sexo oposto, mesmo que o divórcio tenha ocorrido muitos anos antes.
  • Por causa da falta de outros contatos, as crianças mais novas podem exibir os efeitos negativos mais óbvios do divórcio, ao passo que as mais velhas têm a escola, as atividades e os amigos para distrai-las da situação em casa. As crianças mais novas também podem ter dificuldade para verbalizar sua angústia.
  • Os meninos não reagem da mesma maneira que as meninas. Eles podem afastar-se dos amigos e atividades ou envolver-se em violência física, ao passo que as meninas mostram seu sofrimento de outras formas, como, por exemplo, praticando atos de bullying contra colegas de classe e perdendo o interesse pelas atividades. Enquanto os meninos tendem a se rebelar durante e imediatamente após o divórcio, as meninas podem reprimir seus sentimentos, que geralmente explodem mais tarde, quando o medo do abandono e da traição impede que construam relacionamentos duradouros.
  • As mulheres, em particular, podem ter dificuldade para se relacionar com o sexo oposto se são privadas do contato permanente com a figura de um pai amoroso quando crianças. Sem a presença constante de uma figura masculina afetuosa, a menina pode ter dificuldade de desenvolver a percepção de seu valor como mulher.
  • Os efeitos negativos do divórcio podem ser amenizados ou até mesmo superados se o pai que tem a guarda dos filhos for um bom pai, se o outro genitor for uma influência positiva na vida das crianças e se outros fatores — como vínculos com os colegas, estabilidade econômica e apoio da comunidade — forem positivos.

 

Diferenças de idade

  • Por causa da falta de outros contatos, as crianças mais novas podem exibir os efeitos negativos mais óbvios do divórcio, ao passo que as mais velhas têm a escola, as atividades e os amigos para distrai-las da situação em casa. As crianças mais novas também podem ter dificuldade para verbalizar sua angústia.

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Diferenças de gênero

  • Os meninos não reagem da mesma maneira que as meninas. Eles podem afastar-se dos amigos e atividades ou envolver-se em violência física, ao passo que as meninas mostram seu sofrimento de outras formas, como, por exemplo, praticando atos de bullying contra colegas de classe e perdendo o interesse pelas atividades. Enquanto os meninos tendem a se rebelar durante e imediatamente após o divórcio, as meninas podem reprimir seus sentimentos, que geralmente explodem mais tarde, quando o medo do abandono e da traição impede que construam relacionamentos duradouros.
  • As mulheres, em particular, podem ter dificuldade para se relacionar com o sexo oposto se são privadas do contato permanente com a figura de um pai amoroso quando crianças. Sem a presença constante de uma figura masculina afetuosa, a menina pode ter dificuldade de desenvolver a percepção de seu valor como mulher.

 

Superação dos efeitos negativos

  • Os efeitos negativos do divórcio podem ser amenizados ou até mesmo superados se o pai que tem a guarda dos filhos for um bom pai, se o outro genitor for uma influência positiva na vida das crianças e se outros fatores — como vínculos com os colegas, estabilidade econômica e apoio da comunidade — forem positivos.