A cirurgia plástica reconstrutora é uma ferramenta que ajuda na estética das pacientes e também na auto-estima das mulheres violentadas. De acordo com Dra. Ana Rita de Luna Freire, cirurgiã plástica crâniomaxilofacial, o perfil psicológico das mulheres que sofrem esse tipo de agressão é constituído por aquelas que se sentem dependentes financeiras e emocionais dos seus maridos.
Dra. Ana Rita coordena equipe de cirurgia plástica em Salvador e atende mulheres vítimas desse tipo de violência. Ela explica que os ferimentos causadas pelo parceiro trazem sequelas mais profundas que as sentidas fisicamente. Mulheres vítimas de violência doméstica sofrem graves consequências à saúde física e mental, podendo desenvolver depressão e fobias.
Segundo ela, a cicatriz da agressão faz a vítima lembrar da violência, levando a ter dificuldades em casa, no trabalho e com futuros relacionamentos. “O local do corpo onde há maior ocorrência de agressão é na face. As consequências vão da equimose (cor roxa em determinada parte do corpo) a graves lesões faciais”, comenta.
A cirurgiã plástica detalha que a forma de acesso dos pacientes do SUS ao tratamento é através do ambulatório no Hospital Ernesto Simões Filho, às quartas feiras, no período da tarde, através do telefone (71) 3117-1600. Lá eles serão examinados e direcionados conforme a necessidade de cada caso. Os pacientes da rede privada também podem ser atendidos por ela na clínica COF, em Lauro de Freitas, cujo telefone é o (71) 3206-4444. Ou também no Hospital São Rafael, através do contato (71) 3281-6000.