Não é fácil, sabemos, mas é possível sim tratá-las. Especialista explica como se livrar das estrias com tratamento que leva em consideração a cor e o aspecto delas
No ranking dos problemas de beleza que atormentam as mulheres, as estrias estão entre as primeiras colocadas, pois as listras marcam a pele como uma cicatriz e atrapalham o visual e a autoestima de qualquer uma. Tratamentos para combater as estrias não faltam, mas associar as técnicas de acordo com a cor e o aspecto das estrias é o que garante a eliminação de até 80% delas.
Para vencer estar batalha, primeiro é preciso conhecer o inimigo. E se tratando de estrias, saibam que existem três tipos: as vermelhas ou arroxeadas; as brancas, superficiais e estreitas; e ainda as brancas, profundas e largas.
Elas são provenientes de um rompimento das fibras elásticas da derme, que geralmente acontece por conta de um estiramento causado por ganho de peso, gravidez, uso prolongado de corticoides ou crescimento rápido.
Outro fator determinante para a formação dessas linhas é a predisposição genética. Algumas pessoas têm estrias mesmo com pouca distensão da pele e outras não desenvolvem nem na gravidez, quando o estiramento cutâneo é grande. Esse problema está diretamente ligado à tendência genética. Hoje, também é frequente o aparecimento após a colocação de próteses de silicone nos seios por causa da distensão dos tecidos de forma abrupta.
Por isso, se você tem casos de estrias na família deve tomar cuidado desde jovem. Evitando o efeito sanfona, evitar o ganho de peso excessivo na gravidez e investir diariamente na hidratação, preservando a elasticidade da pele.
Como se livrar das estrias de acordo com as cores
As estrias vermelhas ou arroxeadas estão na fase inicial e inflamatória do problema, e respondem melhor aos tratamentos, pois são recentes. A cor indica que o tecido não foi totalmente prejudicado e há sangue circulando no local. Com o passar do tempo, as linhas vão perdendo gradualmente a tonalidade até se tornarem esbranquiçadas.
Quando já são brancas, o tratamento precisa ser mais intenso e provocar uma agressão na pele para que ela reaja produzindo mais colágeno e elastina. Por outro lado, quando essas estrias também são largas e profundas, há necessidade de métodos mais invasivos para estimular o preenchimento dessas linhas de dentro para fora. E o inverno é o período certo para isso.
O laser trata todos os tipos de estria, mas as brancas, mais antigas, só reduzem de tamanho e se tornam menos visíveis, desaparecer é praticamente impossível.
Vamos aos tratamentos existentes:
Todos os métodos têm a mesma finalidade: estimular a formação de colágeno, a proteína que preenche (e disfarça) a cicatriz, e a reestruturação das fibras elásticas, que ficaram esgarçadas. O ponto em comum entre eles é que o processo costuma ser lento, levando alguns meses para as estrias novas melhorarem e de um a dois anos para as antigas. Ainda assim, valem a pena. Vale lembrar que eles não são indicados para gestantes, lactantes e para quem tem diabetes, hipertensão e problemas cutâneos.
Laser ou Radiofrequência-Fracionada (Pixel RF) (para estrias brancas e vermelhas)
A energia dos equipamentos fracionados, como o CO2 e Pixel RF, aquece a área e promove um dano controlado na epiderme e na derme com o objetivo de estimular a produção do colágeno.
O tratamento começa com duas ou três sessões, que promove micro perfurações na pele, destruindo e aquecendo as fibras de sustentação. A função é melhorar a textura e alisar a pele. A pele é renovada e há uma boa melhora nas estrias que ficam menos evidentes e mais uniformes, tanto no aspecto como na coloração.
É necessária cautela no tratamento da pele morena ou bronzeada, pois há risco de manchar. É comum o laser provocar inchaço nas primeiras 24 horas e o sol fica proibido durante todo o tempo de tratamento. São indicadas de três a seis sessões, dependendo do tipo e da quantidade de estrias, com intervalo de 30 a 45 dias entre elas.
Radiofrequência e infravermelho (para estrias vermelhas)
Esses equipamentos não causam danos à epiderme, pois aquecem somente a camada superficial, estimulando o colágeno. Consequentemente, há contração e aumento das fibras de colágeno, a reorganização dos tecidos de sustentação e a aproximação das bordas das estrias.
Além das estrias, eles garantem bom resultado na flacidez. São indicadas de oito a dez sessões, dependendo do tipo e da quantidade de estrias, com intervalo de 21 dias entre elas.
Peeling químico (para estrias vermelhas)
Ácidos como retinóico, lático, tricloroacético, salicílico e glicólico promovem a esfoliação química da pele. Há a renovação celular e a formação de novas fibras de colágeno na área das estrias. Na concentração ideal pode ser aplicado diretamente nas estrias promovendo a retirada de células mortas, estimulando a produção do colágeno, melhorando o aspecto das estrias.
O resultado aparece, em média, após cinco sessões e a melhora das estrias varia entre 70% e 80%, dependendo do tipo e da quantidade de estrias, com intervalo de 15 a 30 dias entre elas.
Carboxiterapia (para estrias brancas e vermelhas)
É um procedimento onde aplica-se várias injeções de CO2 diretamente na estrias, o que leva ao aumento da circulação sanguínea da região, estimulando a formação de colágeno, preenchendo as estrias de dentro para fora.
O resultado aparece a partir do segundo mês de tratamento e a melhora das estrias pode chegar a 50%. São indicadas de no mínimo dez sessões, com intervalo de 1 semana cada.
Vitamina C (estrias brancas e vermelhas)
A vitamina C a 22% é injetada com uma agulha fina na camada superficial da pele. O ativo irá agir nos vasos que dão a coloração avermelhada às estrias e estimula a aproximação das bordas, deixando-as menos visíveis.
As picadas incomodam e podem deixar hematomas por três a cinco dias. Nesse período, é recomendado ficar longe da ginástica, evitar roupas justas e não tomar sol.
O resultado aparece a partir da quarta sessão e até o fim do tratamento as estrias ficam cerca de 60% mais claras e finas. São indicadas dez sessões, uma a cada 15 dias.
Preenchimento com ácido hialurônico (para estrias brancas)
O produto é injetado nas depressões, preenchendo-as e nivelando a pele. São indicadas de três a cinco sessões, dependendo da quantidade de estrias, com intervalo de 30 dias entre elas.
Divulsão dérmica (para estrias brancas)
Esse procedimento cirúrgico é o último recurso para as estrias mais velhas, largas e profundas. É aplicada anestesia no local e com uma agulha especial, são feitas rupturas no interior da derme, onde se localiza a estria. A agressão provoca um hematoma que acaba estimulando o aparecimento de colágeno novo. Cada estria é tratada individualmente, o que pode deixar o método bastante demorado e dolorido. São indicadas uma ou duas sessões por estria, com intervalo de 60 dias entre elas.
Manutenção do tratamento em casa
Seja qual for o tratamento escolhido, é fundamental aplicar, diariamente, cremes com ativos que ajudam a acelerar a recuperação da pele, além de contribuírem para a prevenção.
Ácido retinóico: tanto para as estrias novas como para as antigas, é o ativo mais eficaz. É o mesmo ácido usado em peelings, mas em concentração muitíssimo menor. Mesmo assim, pode causar irritação em pele sensível. Tomar sol nem pensar, pois há o risco de manchar a pele.
Ácidos glicólico e salicílico: esfoliam a pele, estimulando a renovação celular e a penetração de outros ativos, como o ácido retinóico e a vitamina C.
Ativos hidratantes: são fundamentais, não só na prevenção como também na manutenção do tratamento. Sem hidratação, não há método que funcione.
Os tratamentos podem ser realizados por médicos dermatologistas, fisioterapeutas especializados ou esteticistas. Observamos melhores resultados quando se utiliza mais de uma forma de tratamento ao mesmo tempo.
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