Responsáveis por diversas infecções respiratórias em seres humanos e em animais, os coronavírus constituem uma família viral que pode causar doenças nos seres humanos que vão desde o resfriado comum até a Síndrome Respiratória Aguda Severa, conhecida como SARS, que teve seus primeiros relatos na China em 2002.
Na ocasião, a doença se disseminou rapidamente em doze países na América do Norte, América do Sul, Europa e Ásia, infectando mais de 8 mil pessoas e causando a morte de 800 pessoas.
Acredita-se que essa variante do coronavírus infectou o homem a partir da transmissão do vírus por meio de pequenos mamíferos selvagens comercializados para alimentação.
Após a intervenção da Organização Mundial de Saúde, com isolamento de casos, quarentena de pessoas com suspeita da infecção e alerta em viagens a regiões acometidas, a doença foi controlada em 2003, sendo que nenhum novo relato de SARS ocorreu desde 2004.
Só que desde abril de 2012, uma variante do coronavírus, distinto do que causou a SARS, surgiu inicialmente na Arábia Saudita e, posteriormente, em outros países do Oriente Médio, na Europa e na África. Em virtude da localização dos casos, a doença passou a ser designada como síndrome respiratória do Oriente Médio, cuja sigla é MERS.
Morcegos são portadores de coronavírus
Como os morcegos são portadores de muitos tipos de coronavírus, acredita-se, de modo geral, que eles sejam os responsáveis pela transmissão desta nova estirpe do vírus que tem se manifestado de forma mais severa. No entanto, mesmo que a suspeita seja confirmada, ainda não se sabe qual o vetor que atinge seres humanos diretamente.
A hipótese mais provável é de que os morcegos carreguem o vírus que, para eles, é inofensivo e, o transmita para algum outro animal, que passa o agente patógeno para as pessoas de alguma forma, geralmente pelo contato com as secreções corporais.
Diferente de suas outras manifestações, a nova variante do coronavírus pode ser transmitida entre seres humanos, apesar de se saber que ele não tem uma grande capacidade infectante.
Outra diferença desta estirpe da doença é a de que o coronavírus MERS aparentemente provoca quadros de diarreia com maior frequência que o vírus da SARS, por exemplo.
Não há vacina contra o coronavírus
Até o momento não existem vacinas disponíveis para o coronavírus comum ou para o MERS. Uma equipe internacional de cientistas vem testando um composto descoberto por eles que deve combater os coronavírus.
Enquanto ele é estudado, a adoção de algumas medidas de higiene pode ajudar a prevenir a ação deste agente transmissor. São medidas simples, semelhantes aos cuidados que se deve ter para evitar uma constipação.
São eles: manter a higiene depois de espirrar, tossir ou assoar o nariz e lavar as mãos após usar o banheiro e antes de todas as refeições. Em casos suspeitos da doença, ou confirmados, é indicado o isolamento do indivíduo dentro dos hospitais para evitar sua propagação e realização do devido tratamento.
Em caso de viagens aos países em que a doença já foi observada, as medidas de prevenção devem ser reforçadas. No entanto, é importante ficar alerta aos sinais do coronavírus que são fraqueza e mal-estar excessivos e falta de ar. Aos primeiros sintomas de algum resfriado, procure atendimento médico.
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