Saúde

Casos de lúpus têm aumentado no país: conheça a doença

Por Redação Doutíssima 12/12/2014

Depois que a cantora Lady Gaga anunciou, em 2010, que era portadora do lúpus, a doença ganhou mais espaço para discussão. Muitas pessoas, por desconhecer origem dos sintomas, descobriram-se portadora do lúpus depois que o assunto passou a ser mais debatido.

 

Estima-se que, no mundo todo, a doença atinja em torno de 5 milhões de pessoas e no Brasil, 65 mil, sendo a maioria de mulheres. Elas são oito em cada 10 pacientes.

 

O lúpus é uma doença autoimune, ou seja, enfermidade em que o sistema imunológico “ataca” as células do próprio organismo por uma “falha” em reconhecê-las. Ao tentar destruir células saudáveis, o metabolismo acaba por provocar danos a diversos órgãos e sistemas.  Acredita-se que uma em cada duas mil pessoas sejam atingidas pelo lúpus no país. As causas da patologia permanecem desconhecidas.

lupus

Sem cura, doença causa danos a diversos órgãos e sistemas. Foto: iStock, Getty Images

O grupo etário mais vulnerável à doença compreende dos 15 aos 50 anos, sendo que os primeiros sintomas são registrados, em média, na faixa dos 30. A suspeita inicial de lúpus é dificultada à medida em que os sinais da doença se assemelham aos de outras enfermidades.

 

Sintomas do lúpus

 

No começo, o lúpus se manifesta a partir de febre, mal-estar, inflamações de gânglios, articulações e pulmão, dores e manchas avermelhadas no corpo, além de úlceras na boca. Quando não detectado precocemente, o problema pode se agravar e lesões mais graves podem comprometer coração, fígado, rins e sistema nervoso.

 

Cerca de 30% dos doentes experimentam alterações dermatológicas em razão da presença do lúpus. O eritema malar (lesão na pele na altura do osso da bochecha) é a mais frequente. A enfermidade inflamatória crônica também se apresenta a partir de manifestações musculoesqueléticas.

 

As dores articulares são os sintomas mais fortes da doença. Inclusive, segundo a Lupus Foundation of America, cerca de 80% dos doentes devem apresentá-los em algum momento da vida. Outro problema atribuído ao lúpus é que a disfunção amplia consideravelmente as chances de fratura óssea.

 

No que se refere a alterações hematológicas, 50% das pessoas com a desordem apresentam risco de anemia. Grande parte torna-se também vítima de Síndrome de Hughes, alteração caracterizada pelo excesso de coagulação e surgimento de trombos na corrente sanguínea.

 

Já entre os males cardíacos desencadeados pelo lúpus, o que mais preocupa são as infecções. As mais comuns são a pericardite, a endocardite e o miocardite. Da mesma forma, a aterosclerose (formação de placas) é mais detectada em pessoas com lúpus do que pessoas sem a doença.

 

O lúpus é associado à pré-disposição genética, fatores emocionais e ambientais (exposição à luz e a determinados medicamentos como Hidralazina, vasodilatador, e Procainamina, adotado no tratamento de arritmia cardíaca).

 

Tratamento do lúpus

 

Não há cura para a doença, mas com tratamento, seus sintomas podem ser mantidos sob controle. Terapia medicamentosa e acompanhamento psicológico para lidar com as limitações associadas ao lúpus são as formas de lidar com a patologia que se tem conhecimento até então.

 

A droga mais empregada no monitoramento do lúpus atualmente é o Belimumab, anticorpo monoclonal que inibe a ação de alguns linfócitos.

 

 

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