Prática comum entre as índias, o parto de cócoras precisa ser, de certa forma, treinado para que as demais mulheres possam optar por ele. A gestante pode adotar essa posição no momento do nascimento do bebê, desde que tenha 10 centímetros de dilatação do colo do útero e quando a mãe tem disposição para fazer força para a expulsão da criança.
Como é feito de maneira vertical, não exige muita participação de quem está auxiliando, já que é realizado espontaneamente. Quem estiver ao lado, deve ajudar na saída do bebê, que será de forma lenta, amparando para que lesões não aconteçam.
Como acontece o parto de cócoras
O parto de cócoras se limita a respeitar todo o funcionamento íntimo da mulher, e pode ser realizado em qualquer lugar, desde que esteja limpo e higienizado. No caso de gestantes de baixo risco, esse tipo de parto pode ser realizado por profissionais que tenham experiência, como as parteiras.
O importante é que se respeite a vontade da mãe e que o processo natural do nascimento não sofra interferências. No parto de cócoras, não é feito nenhum tipo de corte, como a episiotomia, e os puxos não são estimulados. O contato mãe e bebê é imediato ao nascimento, estabelecendo um vínculo importante, como olho no olho e pele na pele.
Caso a mãe deseje, há um tipo de anestesia para esse procedimento, que não limita os seus movimentos.
Como se trata de uma posição pouco utilizada em sociedade, o parto de cócoras exige uma maneira de atenuar eventuais inconvenientes. Normalmente, são duas maneiras, a primeira é por meio de exercícios que devem ser praticados a partir do terceiro mês da gravidez.
São exercícios que servem para fortalecer os músculos das pernas, além de treinar a posição de cócoras durante os seis meses que faltam para o nascimento.
Já a segunda maneira de se preparar para o parto é usar cadeiras construídas especialmente para esse procedimento. Há vários modelos disponíveis no mercado, entre simples e sofisticados.
Vantagens do parto de cócoras
Em um país que realiza quase 85% de cesarianas na rede privada, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a mulher que pode fazer um parto de cócoras tem grandes benefícios, o principal talvez seja o tempo de duração do parto, em relação a outras posições.
Também há menos dor no momento em que o bebê sai, além do menor trauma perineal e, consequentemente, com melhor restituição após o nascimento.
No caso do bebê, é constatado melhor estado geral de saúde, avaliado por testes específico, como o Teste de Apgar e as medidas de gases no sangue dos vasos umbilicais. Todos esses benefícios estão ligados ao auxílio natural da força da gravidade, aumento de quase 30% da área do canal do parto que possibilita ao bebê um espaço maior para nascer.
Há, ainda, maior circulação de sangue na região uterina e da placenta, permitindo um desempenho melhor nas contrações. Não existem riscos específicos associados a esse tipo de parto, desde que seja em uma gestantes de baixo risco, sem doenças ou complicações prévias.
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