Com mais de vinte subtipos, o linfoma não-Hodgkin é um tipo de câncer que acomete o sistema linfático. As células chamadas linfócitos, que têm o papel de defender o organismo das ameaças externas, sofrem mutações e espalham-se pelos linfonodos (também chamados de gânglios linfáticos).
Os gânglios são pequenos órgãos responsáveis pelo sistema imunológico que produzem anticorpos. Ao observar qualquer alteração dos linfonodos na região do pescoço, axila ou virilha, recomenda-se a procura de um médico para avaliar a possibilidade de um linfoma não-Hodgkin.
Outros sintomas desse tipo de câncer são febre, perda de peso, sudorese abundante à noite, prurido e cansaço. Se o linfoma se espalhar por outros órgãos, os sinais da doença aparecerão correlacionados ao local atingido, como falta de ar no caso dos pulmões e problemas para urinar no caso dos rins.
No Brasil, em 2014 foram estimados 9.790 casos de linfoma não-Hodgkin, segundo o Instituto do Câncer (Inca). As estatísticas indicam que a incidência da doença dobrou nos últimos 20 anos e embora qualquer pessoa em qualquer idade possa ser atingida, os casos são mais comuns em pacientes com mais de 60 anos.
Aparecimento do linfoma não-Hodgkin
As causas exatas do aparecimento do linfoma ainda são desconhecidas. No entanto, já foram estabelecidas associações entre a doença e algumas condições que são consideradas fatores de risco.
Portadores de HIV e dos vírus Epstein-Barr e HTLV1 (da mesma família do HIV) têm maiores chances de ter linfomas de qualquer tipo durante a vida. A exposição a altas doses de radiação também é um fator de risco.
A condição mais preocupante associada ao linfoma não-Hodgkin é a exposição a agentes químicos como fertilizantes, herbicidas, pesticidas, inseticidas e solventes. Em 2015, o governo da França reconheceu esse tipo de câncer como uma doença ocupacional quando afeta agricultores, profissão que exige a manipulação de produtos tóxicos com alta frequência.
É importante entender que existe também o Linfoma de Hodgkin. Ambos os tipos de câncer atacam o sistema linfático da mesma maneira, a diferença entre as doenças é a nível celular.
As células de cada uma das apresentações são muito diferentes e só podem ser identificadas como um ou outro tipo através de biopsia. O linfoma de Hodgkin é muito menos comum do que o não-Hodgkin.
Como é tratado o linfoma não-Hodgkin
Quimioterapia e radioterapia são os principais tratamentos para o linfoma. Eles podem ser administrados juntos ou o médico pode optar por apenas uma das opções. O Inca menciona que a imunoterapia tem sido, cada vez mais, incorporada ao tratamento.
A administração das medicações da quimioterapia variam de acordo com o tipo de linfoma não-Hodgkin. Já a radioterapia é usada para reduzir os tumores em locais específicos, para aliviar os sintomas ou para consolidar o tratamento e evitar o reaparecimento dos tumores e recaídas.
Em pacientes com risco de acometimento do sistema nervoso, o oncologista responsável pelo tratamento pode sugerir como terapia preventiva a injeção de medicamentos quimioterápicos diretamente na na espinha.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!