Um dos tipos de tumores malignos mais frequentes entre os homens é o câncer no esôfago, o canal que liga a faringe ao estômago. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) dão conta de que a doença é a sexta mais comum entre indivíduos do sexo masculino.
Entre as mulheres, ocupa o 15º lugar. Trata-se de uma doença que pode ser tratada, no entanto, os resultados positivos tendem a surgir a partir do diagnóstico precoce.
Causas do câncer no esôfago
Por que o câncer no esôfago é tão mais comum em homens? De acordo com o cirurgião João Couto Neto, membro da Sociedade Brasileira de Videocirurgia, isso está diretamente ligado às causas da doença. “No que se refere à predominância masculina, presume-se que seja pelo uso maior de álcool e fumo entre os homens”, afirma o médico.
Essas são as causas principais, mas a lista de fatores é maior e merece mais atenção, e não significa que as mulheres não devam ter o foco na prevenção. Segundo Neto, além do tabagismo e do consumo excessivo de álcool, alguns outros fatores contribuem para o surgimento do câncer no esôfago.
O refluxo gastroesofágico crônico também pode ter influência no surgimento dessa doença, entre outras. A complicação se manifesta tipicamente pela azia, também chamada de pirose. Sintoma comum, costuma incomodar bastante e leva à busca de ajuda médica.
Mas outros sinais como regurgitação, dor à deglutição, dores no tórax, salivação em excesso, náuseas e outros menos frequentes como pigarro, tosse e até mesmo o que parece sintomas de asma podem apontar o refluxo.
Acontece que o contato permanente do suco gástrico ácido com a mucosa do esôfago gera inflamação no órgão, a esofagite. “E essa inflamação persistente pode ocasionar úlcera no esôfago, alterações celulares e, inclusive, câncer no esôfago”, afirma o médico.
Entre os fatores menores que podem levar ao câncer no esôfago, o médico destaca o tipo de alimentação. É preciso ter muito cuidado com o consumo de alimentos muito quentes e também conservas. O ideal é consumir sempre alimentos frescos, em sua forma natural.
Sintomas e tratamento
Fique atento ao funcionamento de seu corpo e ao sinais que ele emite. No caso do tumor maligno no esôfago, o principal sintoma é a dificuldade em engolir. “Outros sintomas também precisam de atenção, como a dor e o emagrecimento sem causa aparente, além da queimação”, acrescenta Neto.
O tratamento desse tipo de câncer é cirúrgico e, como primeiro passo, usa-se a quimioterapia e a radioterapia. Esses procedimentos podem, ou não, estar associados à intervenção cirúrgica.
“A chance de cura está intimamente ligada à detecção precoce. Todas as neoplasias têm como ponto em comum para a cura a detecção precoce”, salienta Couto.
Por isso, ele destaca a importância em manter uma relação de confiança com seu médico, de questionamentos, realizando exames de rotina, fundamentais para identificação de possíveis complicações e aumentando as chances de cura.
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