É comum que as pessoas se refiram a artistas ou jogadores de futebol como heróis. No entanto, essa palavra, para muitos, pode ter um outro símbolo, uma outra forma de reflexão: o voluntariado. A data de 28 de agosto é uma excelente oportunidade para isso, já que nela se comemora o Dia do Voluntário.
Nesse momento, podemos parar um pouco para pensar no papel de quem coloca seu conhecimento a favor do outro por meio do voluntariado.
São esses heróis, na maioria das vezes anônimos, que são capazes de promover mudanças significativas na vida de outras pessoas. Mas o que muita gente não se dá conta é sobre o quanto ser voluntário muda a vida de quem se doa. Esse é um processo que beneficia muito mais a quem dá do que a quem recebe.
Voluntariado e o olhar diferenciado
“Trabalho há sete anos com voluntários e pelo que posso observar das pessoas que convivo é o quanto são motivadas, prestativas, acolhedoras, têm um olhar diferenciado com os problemas do mundo e, principalmente, com o próximo”, explica a jornalista Aline Gomes, gerente de Projetos Sociais e Voluntariado da Cruz Vermelha Brasileira, filial de São Paulo.
A Cruz Vermelha é apenas uma das várias instituições que existem no País às quais quem quiser ajudar pode procurar e se preparar, pois não basta somente a vontade de se doar ao outro.
No caso da Cruz Vermelha, é preciso passar pela Formação Básica Institucional, uma capacitação de dois dias para que se conheça a história e fundamentos da instituição. Somente em São Paulo, a Cruz Vermelha tem 650 voluntários.
Outra instituição brasileira, que carrega sua missão no nome, é a Parceiros Voluntários, com sede no Rio Grande do Sul e 51 unidades em 48 cidades.
“O voluntário passa a ser não somente uma pessoa no meio de tantas, mas será um responsável por oferecer seu conhecimento e habilidade, ajudar sem discriminação”, diz o psicólogo Maximiliano Campos, que mora no Estados Unidos, mas vem periodicamente ao Brasil atuar como voluntário em um das entidades atendidas pela Parceiros Voluntários.
Voluntariado é crescimento pessoal
Campos se diz imensamente satisfeito em poder colocar sua habilidade a serviço da saúde de outras pessoas que precisam de uma mão estendida. “Poder oferecer uma vida mais saudável aos pacientes é extremamente importante para o crescimento não só da sociedade, mas pessoal, é poder usar algo que é meu para a evolução de mais pessoas”, explica.
Segundo Campos, um dos aspectos mais incríveis do voluntariado é poder aprender com os outros e compreender com mais clareza as necessidades da sociedade e também de cada um.
Apesar dessa visão que Campos apresenta do voluntariado, existe um risco muito grande de envolvimento emocional com o qual o voluntário precisa saber lidar.
Esse risco é presente, principalmente, quando se trabalha com pessoas de uma necessidade muito extrema, seja financeira ou emocional. “Mas faz parte do papel do voluntário colocar o profissionalismo acima de tudo isso”, responde o psicólogo, mestre em Serviço Social.
Gostou do artigo? Qual é a sua opinião sobre ele? Venha compartilhar suas experiências e tirar suas dúvidas no Fórum de Discussão Doutíssima! Clique aqui para se cadastrar!