Se você ainda não decidiu que tipo de trabalho quer seguir, um teste vocacional pode ajudar a encontrar uma carreira em que suas habilidades e conhecimentos sejam bem aproveitados e que traga satisfação emocional.
Por que fazer o teste vocacional?
Segundo a psicóloga Laura Potrich, os testes vocacionais têm por objetivo ajudar a conhecer melhor as habilidades e gostos das pessoas, focando nas atividades profissionais. “Eles servem como instrumento para orientar, ninguém é obrigado a seguir o que o resultado do teste indicou”, comenta, argumentando que o questionário é padronizado, as pessoas não.
O teste vocacional pode ser feito em qualquer momento da vida, mas ele é especialmente válido para jovens que se veem indecisos na hora de escolher um caminho, pois há grande opção de profissões e cursos na faculdade. “Esse processo dá um norte aos mais novos, ajudando a distanciá-los da influência da família, da sociedade e dos preconceitos”, afirma.
Quem se sente estagnado na profissão ou deseja descobrir um novo interesse também deve fazer um processo de reflexão sobre suas competências e habilidades. A especialista aponta que quem se desqualifica e acha que “não serve para nada” pode encontrar muitas respostas com uma avaliação vocacional.
O resultado desse teste de habilidade e preferências não é uma resposta exata, e sim um direcionamento. A psicóloga diz que a partir da personalidade, são recomendadas áreas em que o indivíduo terá mais facilidade de trabalhar, como humanas, exatas, tecnologia e outras.
Laura diz que os testes são indicativos porque refletem um determinado momento de vida e características de quem está no processo de tomada de decisão sobre a carreira profissional.
“Eles realmente podem contribuir com uma reflexão sobre o que está envolvido no processo de escolha, como conhecer-se mais profundamente, relacionar interesses e as possibilidades de aplicá-los no mercado de trabalho.”
Como é feita a avaliação
Segundo a psicóloga, a orientação vocacional ou profissional é feita através de um conjunto de atividades que envolvem questionários de autoconhecimento e personalidade, testes de aptidões, e avaliação das aptidões, interesses e valores pessoais. Também pode ser feita uma pesquisa sobre profissões e exercícios para identificar fantasias profissionais.
Após fazer a orientação vocacional, deve-se refletir sobre as novas descobertas e sobre o que o resultado indica. “A pessoa deve ponderar sobre seus interesses, limites, anseios e os desafios que deseja superar, baseando-se na história da pessoa e nos valores”, recomenda Laura.
Antes de mergulhar de cabeça na nova carreira, é importante fazer uma pesquisa sobre a área, qualificações necessárias, dinâmica de trabalho e oportunidades no ambiente profissional. Com conhecimento do mercado e das opções, fica mais fácil tomar uma decisão duradoura. Adequar as expectativas é fundamental para a felicidade e satisfação no meio profissional.
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