Disponível no Sistema Único de Saúde, o coquetel do dia seguinte é uma combinação de medicamentos de emergência para evitar a infecção do vírus HIV. Apesar do nome, os remédios preventivos precisam ser tomados por um período de 28 dias.
O coquetel consiste no uso combinado dos mesmos princípios ativos dos medicamentos para o tratamento da Aids e pode causar efeitos colaterais. Os sintomas adversos são mais fortes nos primeiros dias e apresentam melhora no decorrer do processo.
Quando tomar o coquetel do dia seguinte
Considerado um tratamento de profilaxia pós-exposição, o coquetel do dia seguinte é indicado para qualquer pessoa que teve contato sexual desprotegido ou ficou exposto à contaminação. Acidentes de trabalho, sexo desprotegido, rompimento da camisinha e casos de estupro são situações que exigem o uso da medicação.
Consumir a droga preventiva é um direito de todos que correm o risco de infecção. A ingestão dos medicamentos deve ser feita até 72 horas após a possível exposição ao vírus HIV, mas quanto mais cedo for tomado, maiores as chances de fazer efeito.
O Departamento de DST, Aids e Hepatite Virais do Ministério da Saúde informa que qualquer pessoa que procure hospitais ou postos de atendimento para receber o coquetel passará por uma consulta e um médico fará uma avaliação da necessidade dos medicamentos. O tipo de relação sexual e o estilo de vida do parceiro são critérios para a decisão.
Se o parceiro é portador do vírus HIV e já toma remédios para conter a doença, será preciso informar quais os ativos que fazem parte do tratamento. A fórmula dos medicamentos fortalece o sistema imunológico na tentativa de impedir que a doença se instale ou progrida.
O acesso gratuito ao coquetel não dispensa, em nenhum momento, o uso de camisinha em todas as relações sexuais. O preservativo é uma proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez indesejada.
Aids no Brasil
O Ministério da Saúde estima que 20,6 pessoas sejam portadoras do vírus HIV a cada 100 mil habitantes no Brasil. O órgão ainda afirma que a epidemia está estabilizada e que o número de novas infecções vem diminuindo a cada ano. Em 2014, foram 5,4 novos casos a cada 100 mil pessoas.
Adultos entre 25 e 49 anos são a maioria dos infectados pelo HIV, sendo a quantidade de homens e mulheres com o vírus equivalente. Já entre os jovens, de 13 a 19 anos, a maioria é composta pelo sexo feminino.
Entre os homens soropositvos, 43,5% foi infectado em relações heterossexuais e 24,5% em relações homossexuais. Já entre as mulheres, 86,8% dos casos de infecção são de relacionamento com o sexo oposto.
O vírus é transmitido principalmente pela relação sexual desprotegida. E isso vale para sexo vaginal, anal e oral. Outras formas de contágio envolvem o contato com material infectado ou a transmissão vertical, de mãe para filho.
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