Desde os primeiros meses de vida, a criança começa uma jornada pela exploração do próprio corpo, chegando às zonas erógenas entre os 4 e 6 anos de idade. Para a criança, a masturbação infantil é apenas uma manifestação curiosa de exploração biológica do corpo, e, quando percebe que é prazerosa, passa a se repetir.
Porém, para os adultos, a situação ainda é tratada com preconceito e cercada de muitos tabus. Os pais e professores geralmente não sabem lidar com o ato, que deve ser encarado como algo natural – sem repressão.
Como lidar com a masturbação infantil
Lidar com a masturbação infantil ou atos de interesse nos genitais de outras crianças é uma dificuldade para muitas pessoas. Como o prazer do adulto está além do físico, é comum que os pais se assustem quando confrontados com a situação. Porém, para a criança, é apenas uma experiência sensorial, que deve ser compreendida como uma curiosidade natural, uma forma de exploração corporal.
Conhecer o próprio corpo e explorá-lo faz parte do desenvolvimento infantil, e a masturbação é apenas um dos fatores. Por volta dos 4 aos 6 anos, as crianças começam a perceber as diferenças que entre meninos e meninas e a se identificar com a figura do pai ou da mãe. Ao explorar o corpo, algumas crianças vão encontrar mais prazer e repetir com mais frequência, enquanto outras nem tanto, isso varia bastante.
No entanto, ao contrário dos adultos e adolescentes, as crianças não agem com malícia ao praticar a masturbação infantil. A manipulação dos genitais é especificamente sensorial, ou seja, sentem apenas que aquela brincadeira é prazerosa e relaxante.
Quando é preciso intervir
Nessa fase, a função dos pais é acompanhar e orientar os filhos, sem reprimi-los ou falar que aquilo é errado. É preciso ajudar os pequenos a entender que o toque nos órgãos sexuais não é para ser praticado na frente das pessoas, chamando a atenção para outras ações sem repreendê-los e sem erotizar a situação.
Como a masturbação infantil é algo íntimo, essa intervenção, quando necessária, também deve ser. A abordagem deve ocorrer em particular, com uma conversa tranquila e natural. Os meninos e meninas precisam entender que o pênis e a vulva são partes do corpo para serem lidados quando eles estiverem sozinhos. Isso também ajuda as crianças a perceberem que o corpo é exclusividade delas.
Nunca se deve bater, xingar ou reprimir as crianças para tratar a masturbação infantil, mesmo se o comportamento for insistente. A criança ainda não entende que, moralmente, o comportamento em público não é bem aceito. E é responsabilidade dos pais ter calma e discernimento para ajudá-la a compreender isso.
Os pais devem ficar atentos à intensidade com que acontece. O ato se torna exagerado e motivo para preocupação quando a criança só quer fazer isso e nada mais, desviando a atenção por breves momentos, mas voltando à masturbação. Nesses casos, a família deve procurar um atendimento especializado.
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