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Zika vírus no Brasil: confira um raio X da situação atual

Por Redação Fortíssima 27/04/2016

A chegada das temperaturas amenas costuma ocasionar menor preocupação com o mosquito Aedes aegypti, que se prolifera com maior facilidade no verão. Mas diante da situação atual do zika vírus no Brasil, os cuidados para a prevenção não podem ser abandonados.

Segundo o Ministério da Saúde, foram notificados 91.387 casos prováveis da doença em cerca de dois meses. Os números foram disponibilizados a partir do balanço geral do órgão, referente ao período entre fevereiro e o dia 2 de abril deste ano.

Entre os registros feitos, há ocorrências em todos os estados brasileiros. Com isso, a taxa proporcional de incidência do zika no país é hoje de 44,7 casos para cada 100 mil habitantes.

Zika vírus no Brasil: estados mais afetados

Desde o início da epidemia do zika vírus, algumas regiões brasileiras têm sido mais afetadas do que outras. Atualmente, segundo o balanço do Ministério da Saúde, o Sudeste lidera com 35.305 casos prováveis da doença. Em seguida estão a região Nordeste, com 30.286 suspeitas, e a Centro-Oeste, com 17.504.

Em quarto lugar aparece a região Norte, que já anota 6.295 casos, seguida pela região Sul, com 1.797. Considerando a proporção de ocorrências por número de habitantes, porém, a região Centro-Oeste fica na frente, com uma média de 113,4 casos de zika a cada 100 mil moradores.

Mas não é apenas o alto número de casos suspeitos que gera preocupação. A relação do vírus com a microcefalia em bebês ainda é o que mais desperta a atenção de especialistas e autoridades.

Zika vírus no Brasil

Balanço geral do Ministério aponta 91.387 prováveis casos de zika. Foto: iStock, Getty Images

Quando uma mulher grávida é picada pelo mosquito aedes e contrai o zika, podem ocorrer consequências severas para o feto. É o que atestaram cientistas brasileiros e americanos por meio de uma sistemática de estudos, cujo resultado final foi publicado no periódico científico The New England Journal of Medicine.

Os pesquisadores constataram que a infecção por zika pode contribuir para a má-formação cerebral e o abortamento, tendo relação com a condição de microcefalia. Segundo o mais recente Informe Epidemiológico do Ministério da Saúde, até o dia 23 de abril foram notificados 7.228 casos suspeitos de recém-nascidos com microcefalia.

Do total, 3.710 casos ainda permanecem em investigação e outros 3.518 já foram investigados e classificados: 1.198 foram confirmados para microcefalia ou alteração do sistema nervoso central e 2.320 tiveram a relação descartada.

Como prevenir a contração do zika vírus

As complicações do zika vírus são evidentes por meio das estatísticas. Diante do quadro, a prevenção segue como a melhor forma de combate ao mosquito aedes, vetor de transmissão da doença. O Ministério da Saúde aponta que com uma rotina de medidas simples é possível evitar possíveis criadouros do inseto.

As orientações são evitar o acúmulo de água parada em pratinhos com vasos de planta, lixeiras, baldes, ralos, calhas, garrafas, pneus e até brinquedos. Outras iniciativas de proteção individual também podem complementar a prevenção da doença, como o uso de repelentes e inseticidas para o ambiente.

E aí, o que achou da situação do zika vírus no Brasil? Deixe a sua opinião. Mesmo com o inverno, ainda vale a pena se manter prevenido contra o Aedes aegypti.