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Risco de infarto é maior em pessoas que fumam e têm diabetes, diz estudo

Por Vivian Ortiz 06/12/2018

Mulheres que fumam, têm diabetes ou hipertensão aumentam sua probabilidade de ter um ataque cardíaco.

É o que diz um estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, que monitorou quase 500 mil pessoas com idade entre 40 e 69 anos e sem histórico de doença cardiovascular.

(Foto: iStock)

Eles descobriram que fumar, ter diabetes, pressão alta e um IMC (índice de massa corporal) maior ou igual a 25 deixam homens e mulheres em maior risco de ter um ataque cardíaco.

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Os fumantes do sexo masculino têm duas vezes mais risco de sofrer um ataque cardíaco do que aqueles que nunca fumaram. No entanto, elas tiveram um risco três vezes maior do que as mulheres que nunca fumaram.

Um excesso de risco também foi encontrado entre mulheres com pressão alta, e diabetes Tipo I e Tipo II, mas não com um IMC alto.

Será que é?

Os infartos acontecem quando a circulação de sangue no coração diminui ou simplesmente para – e isso causa danos ao órgão.

Enquanto nos homens a dor no peito é um sinal, as mulheres se queixam de dor nas costas, cansaço e queimação no estômago. Náusea, associada a problemas gastrointestinais ou ortopédicos, retardando a procura do socorro médico.

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Os pesquisadores também analisaram o risco de ataque cardíaco associado ao envelhecimento. Enquanto o aumento do risco representado por fatores como o tabagismo e a hipertensão arterial diminuiu em ambos os sexos à medida que envelhecia, o excesso de risco adicional experimentado por mulheres persistiu com a chegada da idade.

É preciso se cuidar

Conhecer os sintomas e combater as causas são fundamentais para evitar problemas do coração.

De acordo com o Cardiômetro, um indicador do número de mortes por doenças cardíacas elaborado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, mais de 380 mil pessoas morreram em 2017 de distúrbios cardiovasculares – entre eles, o infarto.

Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) aposta que as doenças cardiovasculares são responsáveis por 1/3 de todas as mortes de mulheres no mundo. Isso equivale a cerca de 8,5 milhões de óbitos por ano e mais de 23 mil por dia.

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O aumento da incidência de eventos cardiovasculares na mulher é consequência do envelhecimento natural e do estilo de vida, explica o HCor.

Somados a esses sinais estão o crescimento da obesidade, o descontrole do diabetes e dos níveis do colesterol, o tabagismo, o sedentarismo, o estresse do dia a dia e a pressão arterial elevada.

Além disso, a jornada da mulher moderna aumentou o estresse e a ansiedade. Esses são fatores que também as deixam mais suscetíveis aos problemas cardíacos. Quando ela fuma e usa pílula anticoncepcional, os riscos cardiovasculares são triplicados.

Acesso ao tratamento

Para a epidemiologista Elizabeth Millett, líder do estudo inglês, essas informações reforçam a importância de conscientização sobre os riscos de infarto. “Precisamos garantir que mulheres e homens tenham acesso a tratamentos para diabetes e hipertensão, e a recursos para ajudá-los a parar de fumar”, disse.