É natural sofrer com o ressecamento da pele durante o inverno. Isso acontece porque os níveis de umidade do ar caem e as pessoas se expõem mais ao ar condicionado e a banhos muito quentes. A situação fica ainda mais complicada para quem já tem a pele seca, sofre com dermatite ou usa certos tipos de medicamentos, como os diuréticos, que contêm na fórmula ingredientes que ressecam a pele. Mas não se preocupe: o problema não costuma ser sério e tem solução.
“O ressecamento da camada mais superficial da pele, chamada de epiderme, é muito comum e ocorre quando a hidratação natural (promovida pela produção de óleos e lubrificantes naturais) diminui”, explica o Dr. Caio Lamunier, dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e do Hospital das Clínicas de São Paulo.
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O ressecamento da pele manifesta-se por uma textura mais áspera e presença de vermelhidão, descamação e coceira. Normalmente os lugares mais afetados são o rosto, as mãos, braços e pernas. “Diversos fatores influenciam na perda de hidratação. O mais comum é a idade: quanto mais velha, mais ressecada tende a ser a pele. E, claro, a mudança de estação, já que o inverno é naturalmente mais seco no Brasil”, completa.
Para amenizar o problema, o especialista recomenda evitar banhos quentes e demorados, abusar dos sabonetes hidratantes, eliminar as esponjas ásperas, usar cremes específicos pelo menos duas vezes ao dia e evitar ambientes com baixa umidade do ar (locais com ar condicionado, por exemplo).
E não se engane: mesmo as peles oleosas podem ficar ressecadas! “O ressecamento da pele muitas vezes é um estado temporário. Pessoas de pele oleosas podem, sim, apresentar o problema por conta de pouco consumo de água, exposição a um lugar mais seco, uso de sabonetes com ingredientes que ajudam no ressecamento e banhos prolongados”, ressalta Dr. Caio.
Caso o problema persista depois do inverno, é importante que o paciente procure um dermatologista para descobrir as causas – que, possivelmente, vão além do tempo frio.
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