Comidas muito gordurosas não devem fazer parte da alimentação diária. Por isso, a fritura sem óleo é uma opção para ter alimentos com crosta crocante sem o uso de gordura (principalmente a saturada), que em excesso é prejudicial para a saúde.
Fritura sem óleo é menos calórica
A fritura sem óleo pode ser feita em frigideira antiaderente. Carnes, como frango, podem ser colocadas na superfície bem quente e quando o alimento está completamente cozido de um lado, ele se solta facilmente. Caso fique grudado, algumas gotinhas de água ajudam a liberar o alimento e o sabor que ficou no fundo da panela.
Segundo a nutricionista Alice Bayer Monteiro, outra vantagem de fazer a fritura sem óleo é a redução do valor calórico do alimento. Mas ela afirma que o tipo de gordura consumido nas refeições do dia a dia tem muito mais a ver com problemas de saúde do que consumir frituras eventualmente.
A especialista lembra que o pior tipo de gordura que existe é a trans, também chamada de vegetal hidrogenada. “Esse tipo é muito presente em alimentos industrializados (bolos, bolachas, salgadinhos) e produtos de panificação, inclusive em padarias. Pipocas de micro-ondas e batatas congeladas são fontes desse ingrediente, por exemplo”, explica Alice.
Nesse caso, ela aponta que quando quiser comer um alimento frito, é ideal preparar em casa e fritá-lo em óleo de coco, que sofre menos oxidação em altas temperaturas. Os óleos pouco resistentes ao calor alto não são ideais para esse preparo, como os de milho, girassol, canola e mesmo o azeite de oliva, que pode ser usado quente porém não para fritura.
Posso usar fritadeiras sem óleo?
Também nutricionista, Fabiana Neumann comenta que usar a fritadeira sem óleo pode não ser uma alternativa para a fritura em imersão. Há indícios de que os alimentos preparados com esse equipamento podem causar câncer devido a formação de um componente químico chamado acrilamida.
“A acrilamida é produzida por meio da reação entre açúcares e aminoácidos presentes nos alimentos aquecidos a temperaturas maiores que 120°C, como carnes, cereais, cafés, chocolates, pães e muitos outros.” explica Fabiana.
Essa substância é gerada em qualquer equipamento se o alimento permanecer muito tempo em calor elevado, seja no forno, fogão, ou mesmo na fritura com óleo.
Mas a nutricionista explica que quanto maior a temperatura e o tempo que o alimento é exposto, maior a quantidade de acrilamida formada. E grandes quantidades podem, sim, prejudicar a saúde e essa substância ainda tem potencial cancerígeno.
Fritura com moderação no dia a dia
Ambas as nutricionistas comentam que a fritura com óleo pode fazer parte da alimentação, mas com muita moderação. Não há uma recomendação sobre quantidades e frequência, já que cada corpo é único e diferentes organismos têm reações variadas.
O ideal é comer apenas em ocasiões especiais. Para manter a saúde em dia, é melhor optar pelos alimentos grelhados na chapa ou na frigideira. Caso for comer fritura, certifique-se de que é feita com um bom óleo ou gordura.
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