A psicologia é uma profissão regulamentada, e, com isso, o papel do psicólogo em qualquer espaço de atuação deve condizer com a ética e os regulamentos de sua profissão.
Estes últimos são quem orientam a profissão do psicólogo, e auxiliam, a saber, quais demandas devem ser atendidas pelos psicólogos enquanto profissionais da área de saúde. O auxílio é na direção da psicologia procurar seu lugar de atuação enquanto psicologia, e não enquanto uma ciência objetiva que visa medir, padronizar e/ou objetivar os sujeitos.
Dessa forma, pretende-se que seu trabalho sirva ao ser humano em questão, considerando-o dentro de um contexto sócio histórico, com sentimentos e demandas psíquicas pertinentes a esse contexto social. O olhar lançado deve então ser assim atravessado, permeado pelas particularidades que o contexto sócio-histórico que os sujeitos em questão estão envolvidos.
Psicologia X Ética
Com isso, faz-se notória a preocupação do Conselho Federal de Psicologia diante da existência de muitos processos éticos contra psicólogos e diante da necessidade de lidar com as demandas do homem moderno e também das mudanças no âmbito da família, do casal e da parentalidade.
Ressalta-se enfim que estas questões devem ser compreendidas em sua totalidade e quem sabe também acompanhadas por políticas públicas e pela lei. Sendo por isso pertinentes os subsídios dados pelo Conselho Federal para o exercício da psicologia, diante das mudanças mencionadas. Faz-se importante também, todavia, a busca de estudo e aperfeiçoamento por parte do psicólogo e não somente a espera por orientação por parte de seu Conselho.
Nesse sentido, questiona-se o papel do psicólogo, problematizando sua função e as devidas demandas que este deve responder, demandas estas que devem ser pertinentes somente a área da psicologia.
Normalmente esse profissional é levado a responder perguntas objetivas que demandam respostas também objetivas, porém, cabe ao profissional da psicologia delimitar o seu lugar enquanto profissional psi e definir quais questões são pertinentes de serem “respondidas” por seu campo de atuação, se posicionando então como psicólogo submetido a um código de ética e a uma profissão previamente regulamentada.
Questiona-se então, se cabe a ele somente avaliar e medir ou facilitar o diálogo entre os sujeitos, facilitando seu encontro com seus sentimentos, desejo e vontades, promovendo com isso novas compreensões, novas atitudes e quem sabe, novos encontros e possibilidades.