Todas as pessoas sabem o que significa consciência. É um processo muitas vezes involuntário e que estamos constantemente praticando. Mas você sabe como se chega a esse estado? Teorias não faltam para explicar como acontece.
O que é consciência?
Muitos são os pesquisadores que já se atreveram a desbravar os fenômenos cerebrais e seus desdobramentos. Um dos mais intrigantes é como funciona o processo de tomada de consciência por parte do ser humano. Vários ramos já tentaram estudá-lo, inclusive a filosofia.
Do ponto de vista científico, é possível entender a consciência com um exemplo prático. Imagine uma árvore de forma abstrata, pegue uma câmera e tire uma fotografia. Visualizá-la a olho nu ou através da fotografia será a mesma coisa, já que seu cérebro associará a imagem à árvore.
Para a câmera, por outro lado, não se trata de uma árvore e sim de vários pixels somados. Ou seja, você é consciente e a câmera não. Vários cientistas já tentaram desvendar o que está por trás desse poder da mente humana. Muitos chegaram à conclusão de que a resposta está no nosso cérebro e nas conexões feitas por ele.
Todo esse processo se inicia com nossos sentidos. É a partir deles que coletamos pequenas informações sobre o ambiente que nos circunda, sem que nessa etapa haja qualquer preocupação em conectá-las. Conforme novos conhecimentos chegam ao cérebro, porém, as conexões começam a surgir.
É justamente aí que tomamos consciência de algo. Muitas pesquisas foram desenvolvidas a respeito desse processo cerebral e uma das mais recentes, publicadas na revista Cognitive Neuroscience, sugere que toda essa transformação ocorre principalmente no sulco temporal superior e na têmpora junção-parietal do cérebro humano.
Abordagem fenomenológica
Para quem não sabe, a fenomenologia é uma ciência investigativa que busca examinar a consciência tomada por si própria. Ou seja, desprezando suas relações com o mundo físico. Um dos pioneiros na área foi o filósofo alemão Edmund Husserl.
Segundo ele, seria a intencionalidade o traço fundamental da consciência. Ele explicava essa ideia sempre chamando a atenção de que ela invariavelmente estava voltada para algo exterior ao indivíduo. Voltando ao exemplo da árvore, ela estaria voltada à árvore em si.
Foram várias as ideias lançadas por esse filósofo germânico, muitas aceitas e outras nem tanto. Invariavelmente, uma de suas principais contribuições para o estudo da consciência é destacada como sendo a questão da variação eidética.
Para Husserl, todos os objetos materiais podem ser apresentar sob perspectivas para as pessoas que os olha. Ele dizia que para uma verdadeira consciência deve se apreender todas essas perspectivas e verificar em todas elas o que ficaria inalterado. Seria essa então a essência de algo.
E aí, o que achou do assunto? Certamente dá para fazer várias reflexões. Aproveite e deixe a sua opinião nos comentários.