Para ter um bebê, de preferência, os dois devem estar motivados para levar a gravidez e estarem uma situação estável. Porém, esperar demais por esse momento “ideal”, pode acarretar outros problemas, como de fertilidade. Mas afinal, qual é o melhor momento para ter filhos?
O “bom momento” é relativo
Nas mulheres, os anos para tornar-se mãe são contados e quando é possível, o melhor é fazê-lo antes dos 35 anos, porque a ciência não pode cuidar de tudo. Ou seja, a baixa da fertilidade é uma realidade: ela pode surpreender algumas mulheres a partir dos 35 anos, mesmo as que são saudáveis! E, mesmo quando tudo vai bem, as chances de ter um bebê nunca são de 100%. Especialistas estimam que em condições ideais – jovem casal, saudável, que tenham uma relação sexual no período certo – a probabilidade de gravidez é de 25% por ciclo aos 25 anos , 12% aos 35 anos e 6% aos 40 anos. A fertilidade feminina diminui com a idade, assim como diminui desejo de gravidez também! Nascimentos atribuídos às mulheres com mais de 40 anos, configuram apenas 3 % (0,6% de 43 anos , 0,1% de 46 anos).
Os ovários não acompanham a idade da mulher!
Aos quarenta anos, as mulheres se sentem jovens e em forma, exceto pelos ovários, pois eles já estão quase no fim da vida. Claro que, em matéria de fertilidade, como também em qualquer outro órgão, algumas mulheres são mais privilegiadas que outras: essas mulheres podem ter bebês quando querem (basta parar de usar o seu método contraceptivo) e, mesmo na quarentena, os seus ovários funcionam muito bem. Mas não se engane, pois isto não é regra! E também não é porque a mulher menstrua normalmente a cada ciclo que ela vai ovular e que a ovulação será de boa qualidade. Mulheres fumantes, por exemplo, correm o risco de não conseguirem engravidar, pois o cigarro é um grande inimigo dos ovários e da gravidez.
Fertilidade: muitas desigualdades!
As mulheres que pensam em ter o primeiro bebê aos 40 anos têm, às vezes, tristes experiências: na verdade, nada prova que elas não fazem parte do grupo de mulheres que, aos 25 anos, já tiveram dificuldades para engravidar. Mas a diferença é que se elas tivessem feito essa descoberta aos 25 anos, as técnicas de reprodução medicamente assistida (RMA) poderiam ter tido maiores chances de sucesso que quinze anos mais tarde.
Portanto, as estatísticas são explícitas: uma mulher de 30 a 35 anos que procura a RMA tem cerca de uma a cada duas chances de levar uma gravidez até o fim. Mas depois dos 40 anos, as chances de sucesso diminuem, mesmo se a mídia permite pensar o contrário quando mostra mães na idade de serem avós. Não devemos esquecer que estas mulheres, que já estão na menopausa, que são manchetes nas revistas, só puderam ser mães graças à doação de ovócitos vindos de mulheres muito mais jovens. Em outras palavras, não foram os seus próprios ovários que possibilitaram a gravidez.